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Adesão a greve nacional de caminhoneiros é desigual

Por Agencia Estado
Atualização:

A adesão ao chamado "paradão nacional" dos caminhoneiros, greve iniciada à zero hora de hoje, atinge diversos Estados do País, segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), uma das diversas entidades que representam a categoria. A associação relata que há focos de protesto em estradas e paralisação do transporte em diversas cidades, mas a adesão é desigual entre os Estados. O Rio Grande do Sul é, até agora, o Estado com maior mobilização no País, atingindo mais de 90% dos transportadores. De acordo com a entidade, o primeiro balanço do paradão nesta manhã demonstra que "os objetivos foram alcançados". Em Santa Catarina, houve paralisação de caminhoneiros em Concórdia e Lages. Em Minas Gerais, a maior adesão ocorreu em Betim, prejudicando a Fiat e a indústria local. Em Goiás, houve protesto na BR 153, próximo à Goiânia. No Mato Grosso, houve protesto e paralisação do transporte em Tangará da Serra e Cuiabá. A ABCAM também informou que houve adesão no Mato Grosso do Sul e Bahia (locais não confirmados). No Estado de São Paulo, a cidade de Santos tem focos de manifestação na frente do sindicato dos caminhoneiros e no armazém 12 do Porto de Santos. Em São Bernardo do Campo (SP), diversos cegonheiros reuniram-se em protesto no bairro Demarchi. Também houve problemas em Porto Ferreira (SP). No Paraná, a adesão é considerada baixa, segundo a ABCAM. Os caminhoneiros estão divididos em relação à paralisação, que prossegue até o dia 27. A categoria é muito pulverizada em sindicatos e federações. A ABCAM reúne entidades de dez Estados. A associação continua a reivindicar a utilização dos recursos da Cide em obras para as estradas. A Cide incide sobre a comercialização e importação de combustíveis. A contribuição já arrecadou cerca de R$ 18 bilhões. Segundo os transportadores, os recursos deveriam ser vinculados a investimentos em infra-estrutura, o que não está ocorrendo.

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