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Adiada definição para presidência da Eletrobrás

Por Christiane Samarco
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adiar a definição do novo presidente da Eletrobrás para evitar uma crise com a bancada do PMDB do Senado em meio às negociações para instalar a CPI dos Cartões Corporativos do governo. O adiamento foi decidido depois de uma conversa do presidente com o senador José Sarney (PMDB-AP), que acompanhou Lula na viagem de volta da Guiana Francesa a Brasília, na segunda-feira. Com isso, continua a queda de braços entre o PMDB do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelos cargos do setor elétrico. Um parlamentar que acompanha cada lance da disputa de bastidor entre petistas e peemedebistas diz que o adiamento evitou, ao menos por enquanto, a vitória da ministra Dilma. Ontem à tarde, até a cúpula do PMDB dava como certa a nomeação de Flávio Decat, candidato da ministra da Casa Civil apadrinhado, a pedido dela, pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). O candidato de Sarney, que tem o apoio da bancada de senadores e o apadrinhamento oficial do presidente do Senado, Garibaldi Alves(PMDB-RN), é José Muniz Lopes. Na verdade, Lopes é a segunda indicação da dupla Sarney-Lobão. O primeiro nome sugerido ao governo para comandar a Eletrobrás foi o de Evandro Coura, que foi descartado pelo Planalto. As razões que levaram Sarney a fazer um apelo a Lula para que a bancada do PMDB não seja desprestigiada nesta escolha vão além da Eletrobrás. A avaliação predominante no partido é de que a presidência da empresa é o cargo mais importante a ser preenchido no setor elétrico porque expressará a força política do novo ministro de Minas e Energia. "O Sarney entrou na parada para reforçar o ministro que ele próprio colocou lá", explica um importante dirigente do PMDB. "Lobão só sairá ministro por inteiro, se o escolhido for o candidato de Sarney e não o da ministra Dilma", completou.

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