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ADR bate recorde de negócios em 2000

Relatório do The Bank of New York Company mostra que os negócios com ADRs atingiram recorde de US$ 1,2 trilhão em 2000. Destacam-se o aumento de capital da Petrobrás, a troca de papéis da Telefónica e emissões da Perdigão e da Ambev.

Por Agencia Estado
Atualização:

Um relatório do The Bank of New York Company mostra que os negócios com American Depositary Receipt (ADR) - recibos de depósito americano - atingiram recorde de US$ 1,2 trilhão em 2000. No relatório da instituição mereceram destaque as operações de fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras. O maior volume de negócios em Nova York é o contraponto da saída de R$ 2,22 bilhões de recursos externos da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no ano passado. O volume de negócios com recibos de depósito na New York Stock Exchange (Nyse) e Nasdaq - mercado eletrônico que mede a valorização das ações de empresas de tecnologia e Internet - envolveu 29 bilhões de ações em 2000 com crescimento de 71% em relação ao ano anterior. Foram 182 novos programas de recibos de depósito nas bolsas americanas no ano passado, girando papéis de empresas de 38 países. O documento destaca a operação de troca de recibos da empresa espanhola Telefônica por papéis das companhias brasileiras Telecomunicações de São Paulo (Telesp), Tele Sudeste Celular Participações, Telefônica de Argentina e Telefônica do Peru. Em relação a ADRs de empresas latino-americanas, o relatório do The Bank of New York informa que foram 20 novos programas de recibos de depósito no ano passado com destaque para os papéis de empresas brasileiras, como a da companhia de alimentos Perdigão e a de bebidas Ambev. Petrobrás Em termos de aumento de capital, a Petrobrás foi um dos destaques, com captação de US$ 2,0 bilhões. Dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) mostram que a operação teve importante impacto também no mercado doméstico. Os fundos de privatização Petrobrás com a utilização de recursos do FGTS registraram saldo de R$ 2,24 bilhões ao final do ano passado, apurando uma lucratividade acumulada no ano de 41,12%. A lucratividade foi bastante expressiva considerando-se que a rentabilidade do mercado acionário como um todo foi negativa no ano passado.

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