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ADR beneficia empresas brasileiras lá fora

Além de dar maior visibilidade para empresas brasileiras no mercado internacional, a emissão de ADRs exige um volume maior de informações disponíveis para o mercado, o que contribui para maior transparência também no Brasil.

Por Agencia Estado
Atualização:

Companhias abertas brasileiras estão melhorando seu nível de divulgação de balanços com relação à uniformidade dos dados divulgados, além de facilidade de acesso às informações. A informações foram dadas pelo sócio da consultoria PriceWaterHouse Coopers, Marcos Panassol , no seminário "A Inserção de Empresas Brasileiras no Mercado Global". Segundo Panassol, a maioria das companhias abertas brasileiras está utilizando o dólar para adaptar a sua contabilidade aos padrões norte-americanos, quando são feitos lançamentos de ADRs - papéis de empresas de vários países negociados na Bolsa de Nova York. Utilizam esse padrão, por exemplo, a CSN, a Vale, a Aracruz e a Petrobras. Porém, ele diz que a algumas empresas pode ser vetada a emissão de ADRs e a adaptação aos padrões contábeis americanos. Com relação aos dados divulgados, Panassol afirmou que a qualidade das informações prestadas pelas companhias brasileiras melhorou após algumas empresas terem listado suas ações no mercado internacional. Segundo ele, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exigiu que todas as informações prestadas no exterior também fossem divulgadas no Brasil. Com isso, os analistas começaram a exigir o mesmo grau de informações das empresas do mesmo setor que não tinham papéis negociados no mercado internacional. Essa mudança melhorou a qualidade das informações o que pode ser verificado em segmentos como siderurgia e mineração. Brasil deve ingressar no "Global GAAP" O Brasil deve seguir o modelo de "Global GAAP" que vem sendo estudado por uma associação internacional de órgãos reguladores do mercado de capitais, conhecida como Iosco. A afirmação é da vice-presidente da Câmara de Comércio Americana, Gabriella Icaza. Segundo ela, o novo modelo já estaria pronto a partir de 2002. Um dos benefícios será uma redução de custos para as companhias que não terão obrigatoriedade de preparar uma série de contabilidades diferentes para se adequar às legislações exigidas pelo órgãos reguladores, as quais serão semelhantes com as que precisam ser fornecidas pela empresa ao acessar o mercado norte-americano. A executiva não espera o crescimento na migração de empresas para o mercado internacional se o Global GAAP for adotado no Brasil. O motivo da transferência, segunda ela, ainda é o elevado custo de captação do mercado brasileiro. Ela frisou que, enquanto a CPMF existir, será mais caro para o investidor aplicar aqui do que no exterior.

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