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Adress e Unicor devem manter clientes

O Procon-SP e a ANS orientam os clientes dos planos de saúde Unicor e Adress a não trocarem assistência médica. Além de cumprirem nova carência, os clientes terão que se submeter a novos contratos.

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com o encerramento das atividades das empresas de saúde Unicor e Adress, a Fundação Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, e a Agência Nacional de Saúde (ANS) não recomendam que os clientes troquem de assistência médica. Os clientes da Unicor, repassados para a empresa Samcil, e os consumidores da Adress, que estão descontentes, devem esperar uma decisão da ANS. Técnica do Procon-SP, Hilma Araújo dos Santos, explica que se mudarem de empresa, os consumidores terão que cumprir uma nova carência. "Mudar de plano de saúde é sempre muito arriscado. As empresas costumam tratar o cliente como se fosse um consumidor novo". Para a técnica, a cobrança de carência é abusiva. Outro problema apontado são os altos preços taxados pela nova operadora. A ANS declarou, por meio de sua assessoria, que para os clientes lesados pela Unicor e pela Adress o melhor é esperar. Hilma dos Santos lembra, porém, que os idosos e as pessoas que já estão doentes ficam sem opção. "Elas estão com dificuldade de encontrar hospitais e médicos, mas não podem cumprir a carência imposta pela nova empresa". explica Problemas com planos de saúde são as principais reclamações recebidas pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Até novembro do ano passado, foram cerca de 2.700. No Procon, a situação não é diferente. Nos dois últimos anos, as reclamações a respeito de plano de saúde ficaram em segundo lugar. De janeiro a outubro de 2000, foram 1.666 registros. Na última terça, a Associação Nacional de Assistência ao Consumidor e Trabalhador entrou na Justiça, com uma ação civil coletiva por danos materiais e morais, contra a Adress. Ontem, o diretor jurídico da empresa, Élcio Sarti, culpou os hospitais pelo encerramento dos serviços da Adress. Sarti disse que a empresa foi vítima de hospitais que fazem cobranças irregulares dos planos de saúde para lucrar mais.

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