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ADRs brasileiros batem recorde em Nova York

Por Renée Pereira
Atualização:

Os papéis de empresas brasileiras na Bolsa de Nova York, chamados de ADRs, bateram novo recorde de negociação diária e superaram US$ 4 bilhões. Segundo a empresa de informação financeira Economática, o volume corresponde à média diária de operações até 26 de maio, de um total de 34 ADRs. O valor ficou acima da movimentação média diária no mercado à vista da Bolsa de São Paulo (Bovespa), de US$ 3,59 bilhões. As empresas brasileiras mais negociadas em Nova York são Petrobrás, Vale, Bradesco, Unibanco, Itaú, Companhia Siderúrgica Nacional, Gerdau e AmBev. Segundo os dados da Economática, só os papéis ordinários (ON) de Petrobrás e Vale correspondem, juntos, a 50% do volume total negociado. Além disso, os papéis dessas empresas têm sido mais negociados nos EUA do que na Bovespa. Enquanto em Nova York o volume de ADRs da Petrobrás somou US$ 1,13 bilhões, no mercado à vista da Bovespa ficou em US$ 136 milhões. No caso da Vale, os negócios na Bolsa americana ficaram em US$ 863 milhões e na Bovespa, US$ 81 milhões. Segundo o levantamento, o volume da Petrobrás negociado em Nova York ficou em 14º lugar em maio. O papel mais negociado nos EUA foi o da Exxon, com média diária de US$ 2,54 bilhões - mais que o dobro da Petrobrás. Apesar disso, a estatal ficou à frente de empresas como Wal Mart, Pfizer e US Steel. Os papéis da Vale ficaram em 20º lugar no período. A vantagem de um ADR é que o investidor não fica exposto aos custos e variação cambial do país de origem. Além disso, dizem especialistas, é menos burocrático do que abrir conta de investidor estrangeiro no Brasil e comprar ações na Bovespa. Uma das explicações para o interesse pelos papéis brasileiros está na conquista do grau de investimento concedido Standard & Poor?s, no fim do mês passado. Alguns fundos institucionais, que têm bilhões de dólares para aplicar em novos ativos, só podem fazê-lo em países com grau de investimento.

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