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Aécio e realização de lucro derrubam elétricas

Os papéis PN da Eletropaulo lideravam as baixas do Ibovespa com 5,25%; Gerasul ON caía 4,53%; as ações PNB da Eletrobrás recuavam 3,30% e Eletrobrás ON perdia 2,39%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Segundo a diretora de análise da Fator Doria Atherino, Lika Takahashi, a queda acentuada de algumas ações de elétricas no pregão de hoje está relacionada a dois fatores: à declaração do líder do PSDB, o deputado Aécio Neves (MG), e à realização de parte dos lucros acumulados em janeiro. Neves garantiu hoje, em reunião com a bancada de deputados do PT, que fará todos os esforços para impedir o avanço da privatização do setor energético. "Eu serei um grave obstáculo a que se avance nessa discussão. No que depender de minha ação parlamentar serei um vigoroso opositor, seja a cisão de Furnas ou a venda de outras empresas do setor elétrico, como a Chesf e a Eletronorte", afirmou. Para Lika, a opinião ganha força pelo fato de Neves ser favorito para levar a presidência da Câmara. "Essa declarações pegam a Eletrobrás em cheio", comentou. Os papéis PNB da empresa registravam há pouco baixa de 3,30%, para R$ 38,70. Eletrobrás ON recuava 2,39%, para R$ 40,80. A diretora observou ainda que o setor acumulou ganho médio na casa de 25% no mês passado - contra alta de 15,8% do Ibovespa -, o que pode ter levado alguns investidores a optar pela realização de lucros. Gerasul ON tinha queda de 4,53%, a segunda maior do Ibovespa. Segundo dados da Economática, o papel avançou 12,5% em janeiro. Cemig ON, que subiu 34,9% no ano passado, recuava 4,51%. Outro destaque negativo era Copel PNB, com 4,57%. Os papéis registraram valorização de 24,6% em janeiro. Eletropaulo - Em relação aos papéis PN da Eletropaulo, que lideravam as baixas do Ibovespa com 5,25%, a diretora de análise da Fator Doria Atherino, Lika Takahashi, lembrou que a expectativa de uma oferta maior de papéis no mercado pode estar pressionando os preços. Anteontem, o governo anunciou que vai vender 7,97% do capital social da companhia. Segundo portaria interministerial, o preço mínimo de venda não poderá ser inferior ao valor patrimonial da ação.

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