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Aécio recua em aquisição da Ampla pela Cemig

'Você só compra o que está à venda', diz o governador de Minas, após reunião no Rio

Por Débora Thomé e Nicola Pamplona
Atualização:

/ RIOApesar do apetite para crescer, a Cemig, que vinha investindo fortemente na compra da Ampla, distribuidora do Rio de Janeiro, esbarrou na falta de interesse dos controladores em vender seus negócios no Brasil. Com isso, ontem, em reunião no Rio, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, já admitiu que a compra não é prioridade. A Cemig, que estava interessada na Ampla, é a principal acionista da Light. Assim, há grande sinergia entre as duas empresas, pois ambas atuam no Rio. Em conversa com o Estado, na noite de segunda-feira, o presidente do conselho de administração da Endesa no Brasil, controladora da Ampla, Mário Santos, confirmou que o ativo não está à venda. A companhia está passando por uma reorganização global após a entrada da italiana Enel em seu bloco de controle. Segundo Santos, "a ordem, por enquanto, é ficar no Brasil". "Você só compra o que está à venda. Há sinergia, mas depende do interesse daqueles que detêm o controle da Ampla", disse Aécio. Segundo ele, a maior preocupação da Cemig, no momento, é dar suporte à Light na antecipação dos investimentos, que se mostraram necessários depois dos cortes de luz no verão. O presidente da Cemig, Djalma de Morais, que também participou do encontro no Rio que reuniu Aécio e a nova diretoria da Light, ainda terá outras reuniões com os controladores da Ampla. O executivo afirmou que a Cemig tem "interesse em qualquer ativo no País que venha agregar valor". Light. A Cemig fechou um acordo de opção de compra da participação de 13% do fundo Luce na Light por US$ 340 milhões. O fundo faz parte do consórcio que detinha 52% da Light, juntamente com Cemig, Andrade Gutierrez e o fundo Equatorial. A Cemig comprou no final do ano passado as participações da Andrade e do Equatorial.

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