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Aéreas ajudarão passageiros no exterior e querem compensação

Segundo o diretor de Planejamento de Tráfego da BRA, Waldomiro Silva Júnior, a Varig terá de perder a concessão para que outra possa assumir

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de Planejamento de Tráfego da BRA, Waldomiro Silva Júnior, disse nesta quinta-feira que as companhias aéreas querem a garantia da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de que, em troca do atendimento de passageiros da Varig em outros países, tenham a concessão definitiva dessas rotas. Para isso, admitiu o dirigente, a Varig tem que perder a concessão para que outra possa assumir. Segundo ele isso só valeria para o cenário internacional. "Se eu tiver que voar para um país para buscar um passageiro da Varig, só posso fazer isso se houver mesmo um colapso da empresa, porque eu quero em troca alguma coisa, como toda empresa quer", disse, ao chegar ao Ministério da Defesa para mais uma reunião sobre o atendimento dos passageiros da Varig. Ele não deixou claro se já existe esse compromisso da Anac, mas afirmou que a negociação é feita nesses termos, entre as empresas e a agência. Plano de emergência Silva Júnior disse que essa discussão não integra o plano de emergência, já que o setor aéreo tem interesse de dar assistência aos usuários da Varig, com dificuldades de se deslocar. O diretor da BRA explicou que a empresa poderá assumir e regularizar a situação de vôos para determinados destinos, em 48 horas, em caso de falência da Varig. "Todas as empresas estão se preparando e discutindo aqui para o caso de qualquer situação drástica", disse. O diretor defendeu que em caso de paralisação da companhia aérea, a Anac faça a redistribuição das rotas "de forma mercadológica". Segundo ele, a Anac deveria favorecer a entrada de um maior número de empresas aéreas possível. Ele disse ser contra um leilão dessas rotas, porque favoreceria o poder econômico das grandes companhias. "Se for mal dividido o mercado ficarão apenas duas empresas e ninguém mais entra. O consumidor é que será prejudicado", disse. A BRA é uma empresa criada há dois anos, operando inicialmente apenas vôo charter. Desde outubro do ano passado ela já opera também no mercado doméstico e a partir do dia 2 de julho voará de forma regular para Espanha e Lisboa. Suspensão provisória Em nota distribuída na última quarta-feira, a companhia anunciava a suspensão por tempo indeterminado dos seguintes trajetos: Milão, Munique, Madri, Paris, Nova York, Miami, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. A mesma nota ainda garantia em âmbito internacional, as viagens para Frankfurt, Londres, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz de La Sierra, Santiago do Chile e Caracas. Na malha doméstica estavam mantidos os destinos de Rio de Janeiro, nos aeroportos de Santos Dumont e Tom Jobim; São Paulo, em Congonhas e Guarulhos; incluindo também a ponte aérea, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Macapá e Brasília.

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