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Aftosa: governo admite ter pouca informação sobre Bolívia

Na semana passada, autoridades bolivianas confirmaram caso da doença, mas informações não confirmadas indicam que vírus está se espalhando rapidamente

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, admitiu nesta quarta-feira que o Brasil tem "poucas informações" sobre a ocorrência de febre aftosa na Bolívia. Na semana passada, autoridades bolivianas confirmaram um caso da doença no rebanho local, mas informações não confirmadas indicam que o número de focos chega a quatro em regiões separadas por cerca de 200 quilômetros, o que indica que o vírus está se espalhando rapidamente. "A situação preocupa. O Brasil tem que se preparar e se prevenir contra isso (doença)", afirmou. Após participar de reunião na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o diretor reafirmou que o Brasil apoio técnico para erradicação dos focos de aftosa na Bolívia. Gomes de Souza é o chefe da Comissão Técnica das Américas para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e nessa condição participou de reunião do organismo internacional realizada na semana passada em Paris. No encontro, ele defendeu pedido do Mato Grosso do Sul para que o Estado volte a ser reconhecido como área livre de febre aftosa com vacinação, status sanitário que foi perdido em outubro de 2005, quando foram registrados casos da doença no Estado. Para o diretor, a situação da Bolívia pode atrapalhar o pleito apresentado pelos pecuaristas do Mato Grosso do Sul. "Todo foco de aftosa preocupa, porque a doença tem elevado poder de disseminação", completou. Equador Depois da ocorrência de casos de aftosa na Bolívia, foi a vez de o Equador registrar um foco da doença. A OIE foi comunicada na terça-feira de um caso na Província de Azuay, no sul do país. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, afirmou que o novo foco registrado "suja a imagem da região". Para Gomes de Souza, o fato de o Brasil não fazer fronteira com o Equador diminui a preocupação. "Nós sabemos que a região é endêmica e que o problema é recorrente", minimizou.

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