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Aftosa: governo brasileiro oferece apoio técnico à Bolívia

Casos da doença já foram diagnosticados em três diferentes localidades do país

Por Agencia Estado
Atualização:

Com o agravamento da situação sanitária na Bolívia, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, enviou na terça-feira correspondência ao governo boliviano oferecendo apoio técnico para controle dos focos de febre aftosa diagnosticados no país. As notícias são de que casos da doença foram diagnosticados em Cañadas, Swist Current e Porisaqui. Entre as duas primeiras cidades há uma distância de 200 quilômetros, o que indica a alta velocidade de expansão do vírus. Até o momento, o governo boliviano não se posicionou sobre a oferta da Secretaria de Defesa Agropecuária. A descoberta dos focos interrompeu um período de dois anos e meio sem registro da doença em território boliviano. Na tarde desta quarta-feira, o secretário reúne-se, em Brasília, com os superintendentes federais de agricultura de Estados que fazem fronteira com a Bolívia para discutir as ações para controle de trânsito de animais na região. Foram convocados para reunião os superintendentes do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A Bolívia comunicou ao Brasil a ocorrência de um foco de febre aftosa no rebanho local na segunda-feira. Para evitar a disseminação da doença, a Bolívia suspendeu as exportações de carnes e laticínios. A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por vírus de rápida multiplicação. A moléstia ataca animais de casco dividido, como caprinos, ovinos, bubalinos, suínos e, principalmente bovinos. Os animais doentes têm feridas na boca, nas tetas e entre as unhas. Eles costumam se separar dos animais sadios, babam, não comem e não bebem. A doença é transmitida por animais ou materiais infectados, veículos, equipamentos e pessoas que tiveram contato com o vírus. No Brasil, os últimos focos foram diagnosticados no fim de 2005 em Mato Grosso do Sul e no Paraná.

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