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Agência de risco melhora perspectiva para o Brasil

Decisão provou queda da taxa de risco para nível mais baixo da história

Por Agencia Estado
Atualização:

A agência de classificação de risco Fitch colocou a nota atribuída ao risco soberano do Brasil em perspectiva positiva nesta segunda-feira. A agência citou que uma rápida melhora nas contas externas do país "eleva a chance de um upgrade nos próximos dois anos". Com a melhora da perspectiva para o País, o risco Brasil caiu para o patamar mínimo desta segunda-feira, em 180 pontos base. Trata-se do nível mais baixo para o risco do Brasil em toda a sua história. De acordo com a agência de classificação de risco, a perspectiva é uma opinião da Fitch sobre como deve se desenvolver o perfil de crédito do País para um período de 18 a 24 meses. Com isso, a Fitch indica a tendência de possível migração da nota atribuída ao emissor dos títulos. Ou seja, com a reclassificação da perspectiva para o rating soberano do País, a agência sinaliza que está atenta às condições da economia para possível melhora da nota de classificação de risco (rating). A nota da dívida soberana de longo prazo em moeda estrangeira e local é "BB", dois degraus abaixo da faixa de grau de investimento - baixo risco de calote. Qual a diferença entre risco país e rating O risco país (ou risco Brasil mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País. Ele é calculado pela diferença entre o rendimento pago pelos títulos da dívida brasileira e o rendimento pago pelos títulos norte-americanos, considerados "livre de risco". O risco país é um reflexo imediato das condições de mercado, sentimento dos investidores em relação ao crédito e perfil de risco do país emissor. Esta taxa pode e é, geralmente, influenciado por eventos momentâneos (escândalos políticos, números bons ou ruins em um dado mês de arrecadação fiscal ou balança comercial, crises internacionais etc.) capazes ou não de alterar os fundamentos econômicos do país. Já o rating soberano é uma opinião da agência sobre a capacidade de pagamento das dívidas de um país, num horizonte de longo prazo. É uma taxa que reflete os fundamentos macro e microeconômicos de um país no longo prazo. Os aspectos de curto prazo só influenciam o rating soberano, caso impliquem em mudanças fundamentais e estruturais no longo prazo. Na prática, o rating soberano tende a exibir uma estabilidade muito maior do que medidas de curto prazo refletidas por oscilações no risco país. O rating tem a função de orientar os grandes investidores internacionais na hora de decidirem em qual país colocarão recursos.

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