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Agência destaca falta de descoberta de petróleo no Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

A Energy Information Administration (EIA), órgão do Departamento de Energia dos Estados Unidos, em seu relatório sobre o setor energético brasileiro, ressaltou que a Petrobrás foi a única empresa a ter feito descobertas comercialmente viáveis no País nos últimos anos. Trata-se de um tema que vem gerando crescente preocupação entre as companhias internacionais que investiram na exploração de petróleo após a abertura do setor, na década passada. A agência oficial norte-americana alertou que "embora o Brasil tenha grandes reservas pretrolíferas, aumentos de produção irão depender da atração de investimentos e de novas tecnologias que ajudariam a reduzir os custos do setor". A Repsol-YPF é atualmente a única empresa petrolífera internacional que produz petróleo no Brasil. A Shell deverá começar a produzir 70 mil barris por dia no campo de Bijupira-Salema, na bacia de Campos, nos próximos meses. ?Apesar dos seus esforços de exploração, a Total, British Petroleum e ConocoPhillips ainda não encontraram um campo de petróleo que seja suficientemente amplo para ser comercializado?, disse a EIA. ?Segundo essas empresas, as recentes descobertas são pequenas e localizadas em águas profundas, e o petróleo dos campos é extremamente viscoso, requerindo um processo de recuperação caro.? Problemas A IEA menciona também um estudo feito pela consultoria internacional Wood Mackenzie, em junho passado, que alertou que a ausência de descobertas de reservas comerciais terá um impacto na produção de médio e longo prazos do país, com um declínio possivelmente começando em 2007. Segundo a Wood Mackenzie, mudanças nas regras fiscais aliadas às atividades de produção e exploração, poderiam tornar alguns campos comercialmente viáveis. A EIA observou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após tomar posse, "começou a mostrar sinais de reversão de algumas das políticas de privatização do governo anterior". Como exemplo, a agência disse que o governo exige agora que as empresas que obtiverem licenças de exploração de petróelo e gás a destinarem um percentual de seus investimentos para a compra de bens e serviços fornecidos por companhias brasileiras.

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