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Agência prevê rebaixamento de países da América Latina

Por Agencia Estado
Atualização:

A agência de classificação de risco Standard & Poor´s prevê que os rebaixamentos (downgrade) da recomendação dos títulos das dívidas soberanas em 2004, provavelmente, vão se concentrar na América Latina. As previsões constam de relatório sobre as expectativas para 2004, divulgado hoje. A agência avalia que a possibilidade de elevação (upgrade) será maior entre os países da União Européia e em processo de adesão a ela. A agência prevê que haverá um número maior de elevações do que de rebaixamentos dos ratings para governos regionais e locais nesse ano. A Standard & Poor´s afirma ainda que as taxas de default (inadimplência) de créditos soberanos de nível especulativo se manterão estáveis. O relatório divulgado pela Standard & Poor´s avalia que as mudanças dos ratings de governos soberanos, regionais e locais, com exceção daqueles que estão nos níveis mais baixos da escala, deverão ser de apenas um grau. Segundo o relatório, novos ratings deverão ser conferidos a governos locais e regionais da Europa central e do Leste e, particularmente, na Rússia, com as necessidades de financiamento em infra-estrutura levando um número maior de empresas a tomarem empréstimos no mercado de capitais. A situação do Brasil O relatório da Standard & Poor´s faz referências específicas ao Brasil, que tem uma perspectiva (outlook) positiva. Reiterando comentários já feitos em seus comunicados sobre o País, a agência informa que está aguardando os progressos sobre as reformas judiciais, trabalhistas e sobre falências, além do regime regulatório do setor de energia. Para a agência, as reformas vão melhorar as perspectivas de crescimento do País e a performance exportadora, o que deverá gerar uma melhora dos indicadores de endividamento externo e fiscal. Dos dez ratings soberanos com perspectiva negativa, cinco estão localizados na América Latina e Caribe. Os problemas fiscais estão centralizados no enfraquecimento do crédito em Barbados, na República da Costa Rica e no Panamá, e cada um desses governos têm flexibilidade fiscal reduzida, em razão da adoção de regimes inflexíveis de câmbio. A Bolívia e a República Dominicana têm riscos mais elevados de default (inadimplência).

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