PUBLICIDADE

Publicidade

Agência rebaixa dívida interna brasileira

Por Agencia Estado
Atualização:

A SR Rating rebaixou a nota de classificação de risco de crédito da dívida interna brasileira de BB+ para BB-. A classificação foi colocado em observação negativa desde 13 de maio deste ano. Segundo a companhia, a principal motivação para o rebaixamento foi a deterioração das condições de refinanciamento da dívida pública mobiliária federal, cujo perfil sofreu expressivo encurtamento ao longo da última semana a partir dos leilões de troca de títulos públicos mais longos, com vencimento entre 2004 e 2006 por papéis mais curtos, que vencem no primeiro trimestre de 2003. O atual nível da nota referente às obrigações em moeda local significa que o País ainda está numa classe de "risco mediano" e com "capacidade apenas moderada" de cumprir obrigações, porém situado no escalão inferior desta classe e sujeito a novo rebaixamento para a classe de "risco alto". A decisão do comitê da SR Rating reflete as novas condições, mais adversas, de refinanciamento da dívida pública mobiliária no primeiro trimestre do próximo governo. "Ressaltamos que um forte e diligente processo de fortalecimento institucional da gestão da dívida pública e redução do déficit público nominal têm capacidade de acrescentar melhorias nas condições de rolagem dos títulos e da nota de classificação de risco", diz o documento. A SR Rating destaca que o rebaixamento da classificação da dívida interna brasileira tem um caráter preventivo e foi motivado pela deterioração do perfil da dívida mobiliária; mais curto e concentrado em um período politicamente delicado - início de novo mandato presidencial. Os vencimentos ao longo do primeiro trimestre de 2003 antes totalizavam R$ 14,9 bilhões. Após as três operações de troca de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) efetuadas na semana passada (com volume financeiro de R$ 20,6 bilhões) o volume vincendo no primeiro trimestre do novo governo será de cerca de R$ 30 bilhões. Além disso, os vencimentos programados para o restante do ano de 2002 (julho a dezembro) de títulos não-cambiais (indexados à Selic ou prefixados) passaram a representar cerca de R$ 70 bilhões, frente aos anteriores R$ 42 bilhões. Dívida externa A SR Rating manteve inalterado a classificação para dívida externa brasileira. A empresa destaca que a decisão foi tomada em função principalmente dos US$ 10,44 bilhões disponíveis para saque do Brasil até 13 de dezembro deste ano no FMI.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.