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Agências de Turismo prevêem férias de julho tumultuadas

Há quem diga que esta será a mais tumultuada temporada de férias dos últimos dez anos

Por Agencia Estado
Atualização:

As agências de viagens antevêem um mês de julho complicado para os viajantes brasileiros, especialmente aqueles que pretendem ir para a Europa. O dólar barato e o ganho de renda da população somados à crise da Varig e ao retorno dos torcedores da Copa do Mundo já aumentaram o número de reservas nas companhias aéreas. Há quem diga que esta será a mais tumultuada temporada de férias dos últimos dez anos. "A situação é crítica tanto para vôos domésticos como internacionais. Fazer hoje uma reserva para qualquer lugar da Europa é uma dificuldade", diz o diretor da Overseas Turismo, Álvaro Tunes Soares. Ele relata que as listas de espera cresceram principalmente porque muitos passageiros que já tinham passagem marcada com a Varig resolveram se precaver fazendo reservas em outras companhias. "As pessoas estão buscando outras alternativas." A agência Sancatur, que há 15 dias deixou de trabalhar com a Varig, também prevê um mês de julho complicado, segundo o diretor da empresa Oswaldo Nadao. "O maior problema são os vôos internacionais", confirma o diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Jr. É que mais da metade das rotas internacionais está nas mãos da Varig. Já nas rotas domésticas, a participação da companhia é menor, de 13%. A saída, no caso dos vôos internacionais, seria o governo ampliar a cota de participação para outras companhias, diz o diretor da Abav. "Não existe problema insolúvel. O mercado sabe se ajustar", diz ele. De toda forma, ele pondera que o dólar baixo e o ganho de renda da população devem ampliar entre 10% e 13% o volume de negócios nas férias de julho. Overbooking Essa maior procura por assentos tanto em linhas regulares nacionais e internacionais também deve ampliar o índice de excedente de passageiros nos vôos (overbooking) nas próximas semanas, prevêem especialistas do setor. Por isso, recomenda-se aos passageiros de outras companhias que cheguem mais cedo ao aeroporto no dia do embarque. A crise na Varig também deve afastar qualquer hipótese de descontos polpudos no preço das passagens áreas. Normalmente as empresas não pensam em descontos nas férias de julho, lembra Soares, da Overseas. E, neste ano, com a conjuntura complicada, essa hipótese está afastada até o momento.

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