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Agências têm 3 motivos para elevar rating do Brasil, diz Meirelles

Ministro da Fazenda citou reforma da Previdência, crescimento do PIB e resultado das eleições em outubro

Por Gabriela Korman , Victor Rezende e Mateus Fagundes
Atualização:

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em entrevista à rede de TV americana CNBC que agências de classificação de risco acreditam em três motivos para voltar a elevar o rating do Brasil. O primeiro, de acordo com o ministro, é a aprovação da reforma da Previdência, que ele considera um "ponto crítico". O segundo é o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que, para o ministro, já "está dado". O terceiro é o "resultado das eleições" de outubro.

"Acredito que a reforma da Previdência será aprovada. É questão de tempo e de momento", disse Meirelles Foto: André Dusek/Estadão

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A agência de classificação de risco S&P Global rebaixou a nota do Brasil de BB para BB- no dia 11 de janeiro, alegando a falta de reformas fiscais e as incertezas em relação às eleições de outubro.

+ Meirelles diz em Davos que a projeção do mercado para o PIB de 2018 chegará a 3%

Previdência. Meirelles afirmou que, com a votação da reforma da Previdência agendada para o mês que vem, "dá mais tempo para deixar pontos mais claros" à população. O texto deve ir ao plenário da Câmara dos Deputados em 19 de fevereiro. "O ponto crítico agora é a reforma da Previdência", ressaltou o ministro, ao comentar os números recentes da economia e o trabalho do governo para convencer os parlamentares a aprovar o texto. A entrevista ocorreu nos bastidores do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

+ Não há hipótese de votar a Previdência em novembro, afirma Dyogo Ao avaliar a decisão de ontem do Fundo Monetário Internacional (FMI) de elevar a projeção de crescimento do Brasil em 2018 de 1,5% para 1,9%, Meirelles comentou que a instituição é "mais conservadora e tem uma visão mais global". "Os números do FMI são revisados todos os dias, ou toda semana, ou todo mês", disse. No final de dezembro, o Ministério da Fazenda estimou que a economia crescerá 1,1% em 2017 e 3% em 2018.

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