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Agenda econômica traz dados de inflação e desemprego

Por FRANCISCO CARLOS DE ASSIS E FLAVIO LEONEL
Atualização:

A agenda econômica está mais recheada de anúncios para os próximos dias, com destaque para índices de inflação e para o desemprego de fevereiro, após uma semana mais curta, com o feriado da Sexta-Feira da Paixão, que diminuiu a quantidade de indicadores macroeconômicos divulgados. Nesta segunda-feira (24), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informará em quanto foram reajustados os preços do varejo, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) referente à terceira quadrissemana de março. Na segunda parcial deste indicador, o reajuste médio foi de 0,14%, resultado bem próximo do apurado na primeira quadrissemana do mês, de 0,11%. Os IPCs, de modo geral, têm ficado estáveis, refletindo as quedas dos alimentos e transportes e as elevações nos grupos Habitação, Despesas Pessoais, entre outros. No mesmo dia, o Banco Central divulgará no seu site o Relatório de Mercado, conhecido como Pesquisa Focus, com as medianas das expectativas de cerca de 100 instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Os analistas têm olhado de forma especial para a Selic, que, na opinião de muitos, já deve ser elevada na reunião do Copom de abril. Dentre estes, há quem espere um ajuste de 2,25 pontos porcentuais, ao longo do ano, para 13,50%. Como atividade e inflação são as duas palavras que dão nome ao jogo, as medianas do IPCA e dos indicadores de atividade também estão na mira dos analistas. Na edição passada da Focus, divulgada na segunda-feira (17), a mediana para o IPCA de 2008 mostrou um pequeno aumento, de 4,42% para 4,44%. A projeção suavizada do IPCA para 12 meses à frente saiu de 4,25% para 4,29%. No campo da atividade, a mediana da produção industrial para o final deste ano subiu de 5,04% para 5,06%. Ainda na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga os dados referentes à balança comercial ao longo da terceira semana de março. Na semana anterior, depois de três déficits seguidos, o saldo comercial voltou a registrar superávit, de US$ 527 milhões. As exportações no período somaram US$ 3,494 bilhões e as importações atingiram US$ 2,967 bilhões. O Banco Central anunciará também na segunda os dados da conta de transações correntes de fevereiro e o volume em dólares que entrou no País a título de Investimento Estrangeiro Direto (IED). Em janeiro, a conta corrente registrou um déficit de US$ 4,232 bilhões e o IED, um saldo positivo de US$ 4,814 bilhões. Na quarta-feira (26), a agenda da semana reserva espaço para dois indicadores de inflação. Às 7 horas, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgará a variação dos preços ao consumidor paulistano, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da terceira quadrissemana de março. No mesmo período de fevereiro, o IPC fechou em 0,16%. Na segunda quadrissemana deste mês, o indicador fechou em alta de 0,23%. Um pouco mais tarde, a partir das 9 horas, será a vez do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar a inflação apurada pelo IPCA-15 de março. Em fevereiro, o índice registrou uma alta de 0,64% e, para o mês seguinte, não está sendo descartado pelos economistas um resultado ainda menor e um pouco menos preocupante. Na quinta-feira (27), o IBGE divulgará a taxa de desemprego de fevereiro. A expectativa é boa, já que o Cadastrado Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmou a criação de 204.963 novos empregos com carteira assinada no mês passado. Em janeiro, a taxa de desemprego fechou em 8,00% da População Economicamente Ativa (PEA), estimada naquele momento em 21,400 milhões de pessoas. Na sexta-feira (28), o Tesouro Nacional anunciará o resultado fiscal do Governo Central de fevereiro. Em janeiro, foi apurado um superávit primário de R$ 15,361 bilhões. No mesmo dia, a partir das 8 horas, a FGV divulgará a inflação de março pelo Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M). Em fevereiro, o indicador registrou uma alta de 0,53%. Para o mês atual, entretanto, já existem economistas com previsões bem maiores que este nível, por conta de uma nova onda de reajustes nos preços agrícolas do atacado.

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