PUBLICIDADE

Publicidade

AGENDA GLOBAL-Semana começa com Trichet e termina com Bernanke

Por CHRISTINA FINCHER
Atualização:

Os discursos dos chefes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve atrairão nesta semana as atenções dos investidores, que estão querendo saber como as autoridades agirão para acalmar os problemas de crédito global. A agenda de dados contém a confiança empresarial alemã, a confiança do consumidor e o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e a inflação da zona do euro e do Japão. No entanto, todos estes dados podem ser ofuscados pelo andamento dos mercados. "Os dados macroeconômicos vão ficar em segundo plano", disse Rob Carnell, economista do ING. "O mais importante é o que o bancos centrais estão dizendo e o que estão fazendo." O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, fala na sexta-feira. "O discurso do Bernanke é certamente o maior evento da semana", afirmou Brian Hilliard, economista do Société Générale. Os mercados futuros mostram que os investidores estão convencidos de que o Fed reduzirá os juros em sua reunião de setembro, ou talvez até mesmo antes. A única questão é de quanto será o corte. SINAIS DO BCE O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, participa de uma conferência em Budapeste na segunda-feira e os investidores querem ter uma idéia mais clara das perspectivas de juros na zona do euro. O BCE disse na semana passada que reitera sua postura mostrada na reunião de 2 de agosto, o que foi visto por alguns como um sinal de que o banco ainda pretende elevar os juros no mês que vem, apesar da turbulência dos mercados. Na sexta-feira, no entanto, autoridades de bancos centrais nacionais informaram que o comentário visava deixar as portas abertas para o BCE. "Essa será uma boa oportunidade para Trichet mostrar ao mercado se ele deve ou não esperar uma alta de juros em setembro", disse Carnell. "Reiterar a mensagem de ''forte vigilância'' poderia sugerir uma alta de juros, mas se ele disser que eles estão monitorando a situação ou algo nessa linha, significa que eles provavelmente esperarão." Na zona do euro, a Alemanha divulga o índice de confiança empresarial Ifo na terça-feira. Analistas ouvidos pela Reuters esperam uma queda para 105,4 em agosto, ante 106,4 em julho. No mesmo dia, a confiança do consumidor dos EUA também não deve vir muito positiva. Um dado mais otimista deve ser uma revisão para cima do PIB do país, na quinta-feira, mas refletindo o período pré-crise: o segundo trimestre.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.