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Agenda semanal econômica traz indicadores de inflação

Por FRANCISCO CARLOS DE ASSIS E CÉLIA FROUFE
Atualização:

Num período em que o mercado tem prestado mais atenção no rumo e na magnitude que a inflação tem tomado, a semana econômica está carregada de indicadores do comportamento dos preços. Esse monitoramento da inflação no começo do ano ganha mais força porque, segundo avalia o economista da LCA Consultores Rafael Castro, é nos primeiros três meses do ano que boa parte dos preços que devem vigorar ao longo do ano é formada. Também pesa neste processo a proximidade da segunda reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o início de março, mês que encerra um primeiro trimestre para o qual as previsões apontam para a continuidade do aquecimento da atividade. As divulgações dos indicadores de inflação começam na segunda-feira (11), com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciando a inflação para a cidade de São Paulo entre 8 de janeiro e 7 de fevereiro pelo Índice de Preços ao Consumidor semanal (IPC-S). Na terça-feira (12), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informará a taxa média dos reajustes dos preços ao consumidor também na cidade de São Paulo. Na primeira parcial de janeiro, o índice variou 0,81%, mas, no fechamento do mês, desacelerou-se para 0,52%. Esse recuo foi proporcionado, em grande parte, pela diminuição do ritmo de alta dos preços dos alimentos e dos artigos de vestuário. E só não foi menor porque a Fipe incorporou no fim de janeiro o pico da alta dos preços da Educação. Também será conhecido na terça-feira o IGP-M referente à primeira prévia de fevereiro. Na primeira prévia de janeiro, o indicador calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) fechou em 0,67%, subiu a 0,93% na segunda medição e fechou o mês passado em 1,09%. No dia seguinte, na quarta-feira (13), será a vez do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar a inflação oficial do País, o IPCA de janeiro. Em dezembro, a inflação medida por este indicador foi de 0,74%. O IPCA, de acordo com avaliações de analistas do mercado, em especial neste começo de ano, tem destoado dos outros indicadores de preços ao consumidor por uma questão de metodologia. Enquanto os demais estão se apropriando dos impactos mais agudos dos aumentos da educação, o IPCA só refletirá a pressão do grupo em fevereiro. Desta forma, sem a influência da educação e com o alívio dos alimentos, neste caso comum aos demais índices de preços, o IPCA deve mostrar taxa de variação menor. Encerrando as divulgações de inflação na semana, na sexta-feira (15), a FGV voltará à cena para anunciar o IGP-10 de fevereiro. Em janeiro, ele fechou com alta de 1,02%. Dentro dos IGPs, ainda que com uma taxa nominalmente menor, o que tem chamado a atenção dos analistas é a variação dos preços no âmbito do IPA Industrial. A taxa do IPA Agrícola, até tem sido superior à da indústria, que por sua vez deixou de ser uma trava para a expansão da inflação para entrar no conjunto das pressões altistas. Na segunda-feira, o Banco Central divulgará o Relatório de Mercado, mais conhecido como Pesquisa Focus, que reúne as medianas das expectativas dos analistas do mercado para os indicadores econômicos da economia brasileira. Cerca de 100 instituições financeiras participam deste levantamento que o BC faz com as instituições financeiras diariamente e divulga todas as segundas-feiras. No mesmo dia, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informará o saldo da balança comercial na primeira semana de fevereiro.

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