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Agilidade faz publicitários preferirem jornais

Por Agencia Estado
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Os jornais ainda são os preferidos do mercado publicitário para quem necessita de agilidade. A afirmação foi feita nesta segunda-feira por representantes de empresas de telecomunicações e de imóveis no 6º Banho de Jornal, evento promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), no Hotel Meliá, em São Paulo. O presidente da ANJ, Francisco Mesquita Neto, ressaltou a importância do evento - realizado semestralmente -, ao discutir questões estruturais e aperfeiçoar a relação entre mercado e mídia impressa. Em 2001, os jornais receberam 21,5% da receita publicitária (em 1995 eram 28%). "Nossa fatia nesse bolo poderia ser maior", afirmou o presidente da ANJ. O diretor de Marketing da Nextel, Milton Longobardi, destacou que quem anuncia em jornal busca credibilidade e conta com a agilidade, "um fator fundamental". "Se você depender de uma revista, mesmo as semanais, para divulgação de uma determinada ação, corre o risco de dar uma informação atrasada." Longobardi sugeriu a criação de uma tabela de preços com descontos progressivos. "Fiquei muito feliz em ouvir anunciantes de peso que entendem de jornal. Temos de levar essa experiência a outros anunciantes para aperfeiçoar a relação entre jornais e anunciantes", disse Mesquita Neto. O evento teve a participação do diretor-executivo da International Newspaper Marketing Association (INMA), Earl J. Wilkinson. Autor de artigos e de palestras em diversos países sobre o tema, Wilkinson falou sobre as tendências globais que vão transformar os jornais. O evento da ANJ foi encerrado com um debate de jornalistas sobre os novos caminhos para 2003, que contou com a participação do editor-chefe do jornal O Estado de S. Paulo, Eleno Mendonça, e dos colunistas da Folha de S. Paulo Clóvis Rossi e do Diário de São Paulo Gilberto Nascimento. Para os debatedores, o jornal, como produto que leva a informação, terá papel estratégico em 2003, primeiro ano de governo do novo presidente da República. Segundo Mendonça, o jornal vai "mostrar às pessoas o que muda na vida delas" e quais são as dificuldades do novo governo, já que o presidente terá de fazer reformas "importantes", como a trabalhista, a tributária e a política. Rossi manifestou uma preocupação ao afirmar que espera que os jornais brasileiros não façam como a mídia na Venezuela, "que trocou a informação pela conspiração contra o presidente". Ele fez essa declaração levando em conta uma eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo domingo. Nascimento disse que o jornal e a imprensa em geral terão o papel de acompanhar e fiscalizar as promessas de campanha. "A imprensa será vigilante, esse é o seu papel."

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