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Agnelli, da Vale, responde com cautela a críticas de Lula

Por Alaor Barbosa
Atualização:

O presidente da Vale, Roger Agnelli, foi cauteloso na resposta às críticas do presidente Lula de que a mineradora deveria exportar mais produtos acabados e menos matérias-primas para a China ou Europa. Agnelli disse respeitar muito o presidente da República, mas afirmou que a "lógica da iniciativa privada é diferente da lógica do poder público". Na visão de Agnelli, as empresas só podem fazer investimentos baseados em critérios técnicos, priorizando o retorno financeiro e o pagamento de dividendos aos acionistas "ou pode vir o desastre". Já o poder público pode buscar o desenvolvimento sem se preocupar com o retorno financeiro, complementou. O ideal, porém, é que os dois segmentos busquem atuar de forma conjunta. "Há uma convergência de interesses e esses devem ser buscados", acentuou. Ele fez uma crítica indireta ao governo, porém, lembrando que as empresas precisam ter garantias de que não haverá invasão ou agressão às suas instalações e trabalhadores. Agnelli disse que teve audiência com o presidente Lula há cerca de três semanas, quando estava presente também a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, onde conversou sobre o assunto. "Na reunião mostramos que a Vale é a empresa privada que mais investe em infra-estrutura no País, considerando as aplicações em portos e rodovias", complementou. Além disso, a empresa investe na geração de energia e tem conseguido atrair novos investimentos para o setor siderúrgico brasileiro.

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