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Agnelli diz que 2007 foi ano 'brilhante' para a Vale

Por ALAOR BARBOSA E MÔNICA CIARELLI
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O presidente da Vale, Roger Agnelli, considerou que o ano de 2007 foi "brilhante" para a mineradora e destacou a aquisição bem-sucedida das empresas Inco (mineradora de zinco, localizada no Canadá) e da AMCI (mineradora de carvão, da Austrália) concluídas ao longo deste ano. Ele afirmou que a estratégia da empresa para os próximos meses é priorizar os investimentos orgânicos, ou seja, sem novas aquisições de grande porte. Ele lembrou que o programa de investimentos da companhia prevê aplicações de US$ 59,9 bilhões no período de 2008 a 2012, mantendo a posição de empresa privada que mais investe no Brasil. Do total, US$ 44,6 bilhões deverão ser aplicados no mercado interno (77%) e US$ 14,38 bilhões no exterior (33%). A previsão da empresa é aplicar US$ 11 bilhões em 2008; US$ 14,747 bilhões em 2009; US$ 15,064 bilhões em 2010; US$ 11,466 bilhões em 2011 e US$ 6,709 bilhões em 2012. Além da expansão de 40% na extração de minério de ferro, que subirá dos 300 milhões de toneladas em 2007 para 422 milhões de toneladas em 2012, a empresa está prevendo investimentos grandes também em logística. Segundo Agnelli, entre 2003 e 2008 a empresa investirá o equivalente a US$ 5,15 bilhões em logística, sendo US$ 1,87 bilhão no ano que vem. Agnelli admitiu que parte desses investimentos é para atender às suas próprias atividades, mas lembrou que há um efeito em cadeia, beneficiando toda a economia. "As fábricas de vagões estavam quase paradas e a Vale respondeu pela compra de 53% da produção dos 16 mil vagões produzidos no País entre 2003 e 2007", ilustrou. Críticas e elogios A timidez dos planos de investimentos da Usiminas foi alvo de críticas do presidente da Vale. A mineradora brasileira é uma das acionistas minoritárias que fazem parte do bloco de controle da siderúrgica. Segundo Agnelli, a Usiminas teria capacidade para investir em uma nova unidade, mas só vem destinando recursos para projetos de manutenção ou reposição de suas operações. "Ela tem condições. A Usiminas é a grande usina brasileira. A grande e mais eficiente siderúrgica do país", afirmou. Enfático, Agnelli lembrou que há cerca de 15 anos a companhia não tira do papel o projeto de instalação de uma nova unidade para atender à demanda de aço no País. "O nosso desejo é que ela faça mais investimentos", disse. Já a Gerdau ganhou elogios do executivo da Vale por ter aprovado investimentos para ampliar sua produção de chapa grossa para atender à demanda do mercado brasileiro. Sobre as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a Vale não tem investido o suficiente no Brasil, Agnelli afirmou que a mineradora vai olhar de forma "humilde" e analisar o que a companhia pode fazer para ampliar de forma viável esses investimentos. Ele lembrou que, assim como Lula, o anseio da mineradora também seria destinar mais recursos para o Brasil. "Nos estamos correndo atrás, nós fomos buscar e estamos trazendo US$ 17 bilhões em investimentos (estrangeiros para o setor siderúrgico). Se somarmos todos os projetos que vamos executar nos próximos anos estamos falando em mais de 22 milhões de toneladas de produção siderúrgica. Acho que é uma contribuição importante", disse.

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