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Agora, Fundo sugere que o gasto público seja ampliado

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Por Redação
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Em declaração considerada histórica, o Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu ontem o aumento dos gastos públicos como forma de reativar economias ameaçadas pela recessão. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse que países com solidez nas contas públicas devem usar estímulos fiscais - expansão dos gastos do governo, com aumento do déficit público ou redução do superávit - para se contrapor às tendências recessivas. A declaração, durante um debate sobre as perspectivas econômicas globais, no Fórum Econômico Mundial, foi saudada como "levemente histórica" por Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA. Ele observou que era a primeira vez que o FMI exortava países a aumentarem o déficit público e a usar estímulo fiscal, no lugar do tradicional arrocho fiscal. A recomendação refletiu o grau de preocupação do FMI com a economia global. Strauss-Kahn revelou que o Fundo vai baixar os prognósticos sobre o crescimento mundial. Para ele, a últimas turbulências indicam que ainda não se pode falar de descolamento dos mercados emergentes em relação às crises nos Estados Unidos. Segundo ele, uma "tempestade perfeita" foi formada no mercado financeiro global pela combinação de baixas taxas de juros, alta liquidez, ruptura na gestão de crédito e de risco e falhas na regulação e supervisão nos EUA. MEIO AMBIENTE O Japão anunciou ontem, em Davos, a criação de um fundo de US$ 10 bilhões para o meio ambiente.

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