'Agora vivo um dia de cada vez', diz vendedora afetada pela crise

Mulher trocou filha de escola que custava R$ 2.200 por mês por uma de R$ 660

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Por Douglas Gavras
Atualização:
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Quando a vendedora de móveis Sarita Largura Singh, de 44 anos, pensa nos últimos cinco anos, só consegue achar que a vida ficou mais difícil. “Acho que a vida começou a piorar por aí mesmo, em 2015, e desde então, a gente vai andando de lado, mas não sente mais que a vida está melhorando e nem aquele orgulho de conquistar as coisas que tinha antes”, conta. 

Neste ano, a crise provocada pela covid-19 mudou os planos da família. Vendo o orçamento doméstico ficar apertado durante a quarentena, sem poder trabalhar e sem ter mais com quem contar, ela trocou a filha mais nova, Marília, de 15 anos, de escola durante a pandemia. 

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No primeiro ano do ensino médio, Marília trocou em abril uma escola que custava R$ 2.200 por mês por uma de R$ 660. “Um dia, o pai dela ligou para dizer que não pagaria por mais nada. Entrei em pânico. Tivemos a sorte de encontrar essa opção e ela se adaptou muito bem.” Sarita diz que, dependendo da situação da economia nos próximos anos, a filha pode permanecer na escola nova. “Mas é difícil fazer qualquer previsão, vivo um dia de cada vez.”

Sarita Largura Singh trocou a escola da filha Marília por uma mais barata. Foto: Werther Santana/Estadão
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