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Agricultores do MT querem renegociar dívidas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Homero Alves Pereira, entregará hoje ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, cópia de documento no qual os agricultores do Estado pedem a renegociação de suas dívidas. O encontro entre Alves Pereira, o ministro e o secretário de Desenvolvimento Rural do Mato Grosso, Otaviano Pivetta está marcado para às 16h em Brasília. No documento "Pacto pela Produção e Renda", os produtores do Mato Grosso argumentam que os preços na safra atual, 2004/05, estão pressionados pelo aumento da oferta mundial dos principais produtos agrícolas e pela política cambial adotada pelo governo federal. Os preços de venda não cobrem os custos de produção, enfatizam os agricultores. O pacto foi elaborado na semana passada, em reunião realizada em Mato Grosso. Os produtores informam ainda que o "aumento da produção agrícola e pecuária é resultado do esforço de produtores, que investiram cerca de R$ 7 bilhões na atividade nos últimos anos, contribuindo na geração de cerca de 186 mil empregos, no aumento das exportações e superávit da balança comercial, garantindo estabilidade para a economia brasileira". No documento, eles alertam que "a agricultura não pode ser vista isoladamente, fora do contexto do agronegócio brasileiro e que uma crise instalada no campo irá refletir negativamente em todos os setores". Diante da dificuldade para comercialização da safra atual, os produtores do Estado pedem a prorrogação das dívidas de contratos de investimentos que vencem em 2005 para o primeiro ano subseqüente ao vencimento do contrato. A verba para a prorrogação, sugerem os agricultores, poderia sair dos recursos que o governo disponibiliza para investimentos no agronegócio neste ano-safra, num total de R$ 10,7 bilhões. Os produtores também pedem recursos complementares para políticas de apoio à comercialização da safra e a criação de uma linha de crédito especial para cobrir a diferença entre o preço de venda e custo de produção. O documento também recomenda que os produtores reduzam a área plantada e o consumo de insumos, adequando-se à realidade atual de custos de produção.

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