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Agricultura impulsiona crescimento de 3,5% do PIB gaúcho

Por Agencia Estado
Atualização:

Impulsionado pelo setor agrícola, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul apresentou crescimento pelo terceiro ano consecutivo em 2001, com taxa de 3,5%. Com isso, o PIB chega a R$ 92,9 bilhões. O desempenho do ano passado foi divulgado hoje pela Fundação de Econômica e Estatística (FEE), órgão da Secretaria de Coordenação e Planejamento, que calcula o indicador no Estado. O número é considerado preliminar, pois alguns dados referentes aos últimos meses do ano ainda não estão disponíveis, embora o levantamento da FEE - que divulga na frente dos demais Estados - geralmente sofra poucas alterações ao ser revisado. Em 2001, a agropecuária ocupou o lugar de destaque que tinha sido da indústria no ano anterior, quando a expansão da economia gaúcha ficou em 4,1%. A agropecuária gaúcha cresceu 12% no ano passado - o que representou um impacto de 1,4% na taxa global do PIB estadual. O aumento na produção de grãos determinou o bom resultado do setor, que só não foi maior devido ao desempenho insignificante da pecuária, destacou o estudo da FEE. Enquanto a lavoura teve expansão de 16,3% em 2001, ante o ano anterior, a produção animal ficou estacionada em 0,6%, frustrada pela febre aftosa e seus reflexos no fechamento de mercados. Produtividade estimulou crescimento da lavoura Para chegar à expansão de 16,3% em 2001, a lavoura gaúcha obteve ganhos significativos de produtividade em suas principais culturas, à exceção do arroz, em que o ritmo foi menor. As estimativas apontam que a soja teve redução de 1,3% em área e aumento de 46,8% na produtividade. A produção física subiu 44,9%. No milho, houve crescimento de 12,2% em área, 38% em rendimento e 54,9% em produção. O trigo registrou queda de 9,6% em área e aumento de 15,5% em produtividade. A produção do cereal subiu 26,5%. Indústria gaúcha sofreu menos com crise de energia A desaceleração da economia norte-americana, a crise de energia e o colapso econômico da Argentina reduziram as expectativas de crescimento da indústria gaúcha no ano passado, explicou o supervisor do núcleo de informações estatísticas da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Jorge Accurso. O ano terminou para o setor com uma expansão de 2,3% no Rio Grande do Sul, com destaque para a indústria mecânica (17,5%) e de transportes e armazenagem (5,25%), que foi influenciada pela expansão do setor agrícola. Mesmo fora do racionamento, a região Sul viveu a redução voluntária do consumo e sofreu o efeito indireto da queda nas vendas para os Estados atingidos pela medida. "O Rio Grande do Sul mantém crescimento industrial acima da média nacional", destacou Flávio Fligenspan, diretor técnico da FEE. Até o terceiro trimestre, o indicador do PIB industrial brasileiro teve aumento de 1,1%. As exportações colocaram o Rio Grande do Sul no segundo lugar entre os Estados brasileiros exportadores no ano passado. Entre janeiro e novembro, as vendas ao exterior somaram US$ 5,9 bilhões, com crescimento de 10,3% ante o mesmo período de 2000.

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