PUBLICIDADE

Publicidade

Agro está melhor do que há um mês, diz ministério

Segundo o secretário do Ministério da Agricultura, as medidas estruturais agrícolas permitirão a continuidade da agricultura brasileira

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, afirmou nesta sexta-feira que "o cenário hoje é muito melhor do que o cenário de um mês atrás". Ontem, o governo anunciou o Plano Agrícola e Pecuário 2006/07 e um pacote de medidas estruturais de apoio ao setor. Essas medidas, disse o secretário, "permitirão a continuidade da agricultura brasileira como uma das maiores do mundo". "As regras estão colocadas. Só falta implementá-las", completou. Até o início do plantio, em setembro, o governo tem quatro meses para divulgar as novas regras do plano. No total, o governo disponibilizará R$ 60 bilhões para agricultores familiares e comerciais. Ele também comentou as previsões da iniciativa privada de queda de 30% na área plantada com grãos. "Nunca aconteceu na história da agricultura brasileira uma queda de 30% na área plantada. Isso se fala para algumas regiões, mas a nível nacional nós nunca tivemos queda de área de dois dígitos", afirmou. O secretário disse que o governo trabalha com uma queda de 3% a 4% na área cultivada com grãos. "É raro uma área plantada de grãos variar 5% em relação ao ano anterior", disse. Ele lembrou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará a primeira estimativa de intenção de plantio no começo de outubro. Na atual safra, 2005/06, a área plantada somou 47,061 milhões de hectares, contra 49,054 milhões de hectares no ano-safra anterior, queda de 2 milhões de hectares. Garantias Wedekin ressaltou ainda a indicação do governo de liberação de R$ 2,8 bilhões para apoiar a comercialização da safra 2006/07 de grãos, que só será plantada a partir de setembro. A liberação faz parte do pacote de medidas estruturais. "É a primeira vez que o governo estará sinalizando um determinado nível de proteção de preço antes do produtor plantar a safra que só será colhida em fevereiro, março e abril de 2007. A medida facilita o planejamento do produtor", comentou o secretário. A idéia do governo é fazer leilões em julho e agosto deste ano para sinalizar preço aos agricultores no período de colheita. O ministério começou 2006 com R$ 650 milhões em caixa para apoiar a comercialização da safra de grãos. Esse valor ganhou reforço de R$ 1 bilhão no começo de abril, quando o governo anunciou o primeiro pacote de ajuda aos agricultores. Em maio, foi anunciado o gasto de R$ 1 bilhão para a apoiar a comercialização de soja, dinheiro que sairá do caixa do governo no ano que vem. "É um volume muito significativo", disse Wedekin ao comentar os R$ 2,8 bilhões "prometidos" para 2007. A liberação é compromisso dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.