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Agroenergia vira curso de mestrado

Iniciativa inédita é uma parceria da FGV, da Embrapa e da Esalq

Por Eduardo Magossi
Atualização:

Uma parceria entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq) possibilitou a criação do primeiro curso no mundo especializado em gestão de agroenergia. O curso de mestrado, que estará com suas matrículas abertas a partir de segunda-feira, já foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério de Educação e Cultura. A iniciativa da criação do curso foi do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que também é coordenador do Centro de Agronegócios da Escola de Economia da FGV. Segundo ele, o curso é importante porque, com o crescimento do número de usinas e da produção de cana-de-açúcar em cerca de 30% nos próximos anos, o mercado precisa de gestores competentes para administrar os desafios desse novo setor que está se consolidando. ''''Temos de formar profissionais para trabalhar também em pesquisa agronômica e em tecnologia voltada para a agroenergia. Não apenas para trabalhar no Brasil, mas para exportarmos conhecimento nesse setor'''', explica Rodrigues, que contou com a adesão do diretor-presidente da Embrapa, Sílvio Crestana, e do diretor da Esalq, Antonio Roque Dechen. Os três estarão, na segunda-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para apresentar o novo curso. ''''Diante da expectativa de um crescimento expressivo da demanda de novos projetos de sistemas de energia de biomassa, precisamos formar profissionais capacitados'''', explica. Outra iniciativa também inédita é a rede de conhecimento acadêmico formada para abranger o curso de agroenergia com a união da FGV, Embrapa e Esalq. No curso, que terá duração de dois anos, a FGV será responsável pelas disciplinas voltadas para gestão empresarial, a Esalq pelas disciplinas de caráter agronômico e a Embrapa pelas disciplinas com abrangência tecnológica. Professores das três instituições serão responsáveis pelas aulas, que acontecerão alternadamente nas três escolas em São Paulo, Piracicaba e Campinas. Para Rodrigues, o curso vai abordar questões importantes para o desenvolvimento do mercado de agroenergia, como logística, co-geração de energia a partir de biomassa e preparação de profissionais para pesquisa tecnológica.

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