Agropecuária avança no PA e MT, mas recua na região Nordeste
No Nordeste, a área agrícola ficou 9.901.808 hectares menor, o que equivale a aproximadamente o Estado inteiro de Pernambuco a menos na agropecuária local
Por Daniela Amorim (Broadcast) e Vinicius Neder
Atualização:
RIO - Os Estados do Pará e Mato Grosso tiveram os maiores aumentos de áreas agrícolas nos últimos 11 anos. No Nordeste, porém, houve uma perda de 9,9 milhões de hectares. Os dados fazem parte dos resultados preliminares do Censo Agropecuário 2017, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Nordeste, a área agrícola ficou 9.901.808 hectares menor, o que equivale a aproximadamente o Estado inteiro de Pernambuco a menos na agropecuária local. Segundo Antonio Carlos Florido, coordenador técnico do Censo Agropecuário, o fenômeno pode ter relação com a seca prolongada.
Nordeste enfrenta maior seca em 100 anos
1 / 30Nordeste enfrenta maior seca em 100 anos
Longa estiagem
Detalhe de área rural de Petrolina. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Canal que traz água do Rio São Francisco para o interior de Pernambuco, na área rural de Petrolina. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Caminhões-pipa são abastecidos sob o canal que traz água do Rio São Francisco para o interior de Pernambuco, na área rural de Petrolina. Foto:
Longa estiagem
Detalhe de uma barragem quase seca na área rural de Petrolina Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Vista de área rural de Petrolina. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Detalhe de área rural de Petrolina. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Detalhe de área rural de Petrolina. Animais são criados soltos e vivem pelas estradas da região. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Reservatório e canal que foi construído mas ainda não entrou em operação. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Animais que morreram de fome e foram colocados num terreno, pelo agricultor Valdecir João da Silva, em Serrinha, na área rural de Petrolina. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Paisagem daregião do semiarido entre o interior de Pernambuco e Piauí. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Paisagem naregião do semiárido entre o interior de Pernambuco e Piauí. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Paisagem daregião do semiárido entre o interior de Pernambuco e Piauí. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Hortêncio Francisco da Silva, agricultor e pecuarista na região de Acauã, no Piauí. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Hortêncio Francisco da Silva e sua esposa Luzia. Ele éagricultor e pecuarista na região de Acauã, no Piaui. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Sr. Zezito, pecuarista na região de Acauã, no Piaui. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Antonio Felipe de Souza é pecuarista na zona rural de Acauã, no Piaui. Com o leite produz peta (biscoito de polvilho) e doce de leite, Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Benedito Alencar, produtor de Petrolina. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
O agropecuarista Adão de Jesus Oliveira, sua esposa Fabiana e sua filha posam para foto ao lado de um péde Mandacarú, símbolo da resistência do nordes... Foto: Hélvio Romero / EstadãoMais
Longa estiagem
O pecuarista Manoel Granja de Souza, sua esposa Maria Elisie e 2 de seus 11filhos em Ouricuri, no Estado de Pernambuco. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Família trabalha na colheita de palma em Acauã, no Piaui. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Quintal do pecuarista Manoel Granja de Souza, em Ouricuri, no interior de Pernambuco. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Feira de caprinos e ovinos na cidade de Dormentes, em Pernambuco. Foto:
Longa estiagem
Feira de caprinos e ovinos na cidade de Dormentes, em Pernambuco. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Feira de caprinos e ovinos na cidade de Dormentes, em Pernambuco. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Barragem do Tamboril, em Ouricuri, que estácompletamente seca. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Barragem do Tamboril, em Ouricuri, que estácompletamente seca. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Depois de quase 11 meses chove na área rural de Petrolina, em Pernambuco. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Área rural de Ouricuri, no semárido nordestino, que recebeu uma primeira chuva no dia 15 de dezembro. Foto: Hélvio Romero / Estadão
Longa estiagem
Um galo de campina se banha numa poça de água em frente a casa de Benedito Alencar, produtor na área rural de Petrolina. Não chovia na região há11 mes... Foto: Hélvio Romero / EstadãoMais
Longa estiagem
Fim do dia com vista para o Rio São Francisco, em Petrolina, entrePernambuco e Juazeiro, na Bahia. Foto: Hélvio Romero / Estadão
PUBLICIDADE
“Foram cinco anos direto de seca no Nordeste, então você chega lá e não tem mais nada. Tem uma área enorme entre a Bahia e o Rio Grande do Norte que já tem um processo avançado de desertificação. Não dá mais nada na terra, então tem gente que estava produzindo e saiu dali”, afirmou Florido.
Em 2017, a área total ocupada por estabelecimentos agropecuários em todo o País cresceu 5,0% em relação ao censo de 2006, com 16.573.292 hectares a mais, o equivalente a aproximadamente a área do Acre.
No Pará, a área agrícola cresceu de 22,926 milhões de hectares em 2006 para 29,678 milhões de hectares em 2017. Em Mato grosso, houve avanço de 48,689 milhões para 54,831 milhões no mesmo período.
No total do País, parte das lavouras permanentes cedeu espaço às temporárias. Quase 10 milhões de pastagens naturais foram substituídas por pastagens plantadas. Em 11 anos, cresceu o total de terras com matas naturais e matas plantadas. A silvicultura teve um salto de 79,2% em 2017 ante 2006.
A área produtiva, ocupada por lavouras permanentes, lavouras temporárias, pastagens naturais, pastagens plantadas e matas plantadas aumentou 5.105.408 hectares, passando de 225.368.857 em 2006 para 230.474.265 em 2017.