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AIE revisa para baixo a previsão de consumo de petróleo

Antes era esperado um aumento nas vendas de 1,78 milhão de barris por dia. Agora, estima-se 1,49 milhão

Por Agencia Estado
Atualização:

A Agência Internacional da Energia (AIE) revisou para baixo, nesta terça-feira, sua previsão de crescimento do consumo mundial de petróleo para este ano. A demanda pelo produto deve ser de 84,7 milhões de barris diários, 1,49 milhão a mais que no exercício passado. O último relatório estimava que a alta nos pedidos fosse de 1,78 milhão de barris por dia. Segundo a AIE, essa diminuição ocorrerá tanto pelo impacto dos altos preços da commodity como por uma progressão menos forte do que o esperado no sudeste asiático. O aumento da demanda chinesa em 390 mil barris diários, para 6,98 milhões, será neste ano equivalente às necessidades da América do Norte, cujo consumo global esperado é de 25,81 milhões. Também experimentará uma alta significativa da demanda a região do Oriente Médio, com 300 mil barris diários suplementares, e a América Latina, com 100 mil barris a mais, enquanto a progressão se limitará a 40 mil barris diários na Europa, muito pouco além da baixa sofrida durante 2005. Fevereiro A produção aumentou em fevereiro em 490 mil barris diários, para 84,6 milhões, devido às altas modestas da contribuição dos poços da América do Norte, dos países da antiga União Soviética, da Austrália e, em particular, do Iraque, que compensaram a diminuição provocada pelas interrupções na Nigéria. A produção iraquiana aumentou em 335 mil barris diários, para 1,84 milhão, enquanto no resto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a alta foi de 220 mil barris diários, para 27,8 milhões, abaixo do objetivo de 28 milhões de seus diretores. Os problemas na exploração petrolífera na Nigéria durante o mês passado acarretaram um corte de sua produção de 80 mil barris diários, para uma média de 2,3 milhões de barris. Diesel A AIE constatou, em seu relatório mensal, o aumento do peso dos carros movidos a diesel na Europa, onde cerca da metade dos veículos novos funcionam com gasóleo contra 85% com motores a gasolina entre os que são retirados de circulação. Essa tendência implicará um aumento da demanda de gasóleo de 600 mil a 700 mil barris diários no período 2005-2011, enquanto a de gasolina diminuirá em 300 mil a 400 mil barris diários. A agência alerta que "esta transição terá um grande impacto sobre os intercâmbios de produtos petroleiros no Atlântico, as decisões futuras na adaptação das refinarias e na composição das importações de petróleo".

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