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Ainda é cedo para baixar os juros, diz Mantega

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirmou hoje que as condições para a diminuição dos juros ainda não estão criadas, segundo relato do diretor-presidente da Siemens Mercosul, Adilson Antonio Primo, um dos 39 representantes de 36 empresas ligadas à Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) que participaram de almoço com o ministro. De acordo com Primo, Mantega ouviu dos empresários que o desenvolvimento não acontecerá sem uma queda significativa dos juros. O ministro argumentou que o Brasil vive uma armadilha fiscal, por ter que atingir superávits primários elevados, necessitar de financiamento externo e ter que manter juros em alta para conter a inflação. "Além disso, o governo não vai conseguir baixar rapidamente os juros. E isso tem uma demora para aparecer na economia real", afirmou Mantega, segundo executivo. O diretor-presidente da Simens afirmou que o ministro acredita em um crescimento de 3,5% a 4% do PIB no ano que vem, mas os empresários discordam. "Acredito em crescimento de 1,5% neste ano e de 1,5% a no máximo 2,5% em 2004", disse Primo. Para ele, a principal restrição é a escassez de crédito, hoje em torno de 20% do PIB.

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