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Air bag do Palio causou lesões aos motoristas

Air bags do modelo Palio Weekend da Fiat abriram desnecessariamente, ferindo os ocupantes dos veículos. Até o momento, a empresa não assumiu a responsabilidade por nenhuma das três ocorrências conhecidas pela Agência Estado.

Por Agencia Estado
Atualização:

Air bags do modelo Palio Weekend da Fiat dispararam sem motivo, causando lesões aos motoristas. Até agora, as vítimas afirmam que a bolsa de ar, que deveria proteger em caso de batida, inflou sem motivo. Com o estouro do air bag, os passageiros tiveram escoriações e queimaduras no rosto. A Fiat diz que investiga os casos. Umas das vítimas foi Marta Bezerra, de Itabuna (BA). Em 30 de março, o air bag de seu carro, do ano de 1999, estourou quando ela estava saindo de um supermercado. Segundo o marido da vítima, o carro não estava nem em movimento. "Ela virou a chave no contato e o air bag explodiu." Ele afirma que a bolsa de ar não chegou a inflar. Os gases que fazem o air bag se encher vazaram. Com isso, diz ele, o rosto de Marta ficou queimado. A perícia comprovou que oxidações na caixa que protege o air bag criaram um curto-circuito que originou na explosão dos gases. Segundo o marido, a Fiat foi contatada. "Eles mandaram dois engenheiros que levaram as peças, como o volante, para análise." A Fiat informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que se for responsável pelo acidente não vai fugir das responsabilidades. No entanto, diz que existem várias hipóteses para o acidente, ou seja, pode ter sido um curto-circuito causado por um alarme ou um rádio mal instalado e que não sejam problemas de fabricação. Outro caso registrado foi com a gaúcha Cláudia Endres, 31 anos. Segundo ela, o air bag de seu carro ano 1997 inflou quando fazia uma curva a uma velocidade de 30 km/h. Cláudia teve o rosto queimado e machucado devido ao forte impacto da explosão. Ela levou o carro em uma concessionária para que o conserto fosse efetuado. Lá, Cláudia foi informada que só teria o carro consertado se não fosse feita uma perícia. Ela concordou com a condição, mas logo depois do ocorrido procurou a advogada Luciana Martinez. "Especialistas me disseram que a água do ar-condicionado cai em cima do sistema elétrico do air bag. Isso fez entrar em curto-circuito e explodir. Vamos pedir indenização." O dispositivo não funcionou Há também o caso de Belle Annie Ferreira de Lima, 35 anos, que também tinha um Palio Wekeend 97. No caso dela, o air bag não funcionou. "Eu bati o carro e o air bag não funcionou." Segundo ela, além de o air bag não inflar, gases vazaram queimando-lhe o rosto. Belle afirma que levou o veículo na concessionária e lá disseram que o air bag tinha funcionado. A Fiat, no entanto, explica que o air bag infla e desinfla tão rápido que Belle não percebeu. O tempo, diz a empresa, é de 50 milésimos de segundo. E que não há evidências de que o air bag não tenha funcionado. A pendência está na Justiça.

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