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Air China usa tom racista em texto sobre Londres

Publicação alertava viajantes para perigos de bairros habitados por negros, indianose paquistaneses

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Por Redação
Atualização:

Uma peça promocional criada pela companhia aérea Air China gerou revolta pelo tom racista. Desta vez, um texto incluído na revista de bordo da empresa foi criticado por seu conteúdo. As dicas para viajantes em visita a Londres afirmava que “Londres é, de forma geral, um lugar seguro, mas são necessárias precauções em áreas habitadas principalmente por indianos, paquistaneses e negros”. No fim, o texto arrematava: “Não recomendamos que turistas visitem essas áreas sozinhos à noite. Mulheres devem sempre estar acompanhadas em viagens”.

O texto causou reação de membros do parlamento britânico, que pediram intervenção do embaixador chinês. Uma imagem do texto postada em uma rede social por uma jornalista iniciou a polêmica. A Air China opera dois voos diários entre Xangai e o Aeroporto Internacional de Heathrow, em Londres. No ano passado, segundo dados do escritório britânico de turismo, o número de visitantes chineses no Reino Unido cresceu 46%, para um total de 270 mil.

Dicas para viajantes afirmava que 'são necessárias precauções em áreas habitadas principalmente por indianos, paquistaneses e negros' Foto: Reuters

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Parlamentar do partido trabalhista, Virendra Sharma, da região de Ealing Southall, onde 39% da população é asiática, escreveu ao embaixador chinês para se queixar ao “aberto racismo” da Air China. “Estou chocado que até hoje algumas possam considerar este tipo de texto aceitável”, disse.

Outro lado. Na quinta-feira, a Air China creditou o problema das “expressões infelizes” a uma de suas controladas, a Air China Media, responsável pela revista de bordo. A companhia disse que a empresa aprendeu uma séria lição com o episódio e reforçou a revisão de seus conteúdos para evitar problemas semelhantes no futuro”.

A Air China Media, em outro nota, afirmou que a linguagem imprópria ocorreu “por um erro de edição e não reflete os pontos de vista da publicação”. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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