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Ajuda a Lloyds e HBOS depende de fusão, diz Reino Unido

Governo britânico pode injetar até 17 bilhões de libras nos bancos para manter o fluxo de empréstimos

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O ministro de Negócios, Empreendimento e Reforma Regulatória do Reino Unido, Peter Mandelson, reiterou nesta terça-feira, 21, que a recapitalização dos bancos Lloyds TSB e HBOS PLC dependerá da fusão das duas companhias e acrescentou que não tem conhecimento de qualquer fato que sugira um potencial fracasso da fusão. O governo britânico deve injetar até 5,5 bilhões de libras (US$ 9,27 bilhões) no Lloyds e até 11,5 bilhões de libras (US$ 19,39 bilhões) no HBOS. Veja também: Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise    O anúncio foi criticado pelo mercado. "Acho que Mandelson cometeu um grande erro", disse um trader. "Os comentários destacam que o acordo está sendo questionado", acrescentou. Outro trader afirmou que o motivo pelo qual o governo estaria fazendo declarações para forçar a fusão dos dois bancos é o desejo por um maior controle, talvez "porque acredite que pode influenciar os preços das residências e implementar as políticas para as moradias por meio de uma agência hipotecária parcialmente estatal." Mandelson também foi questionado sobre informes de que executivos do Lloyds teriam dito que haveria bônus para os funcionários neste ano. "Tenho certeza de que isso é algo que o Tesouro vai querer discutir com os bancos que buscam recapitalização", afirmou. O ministro disse que ele e o ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, conversariam com diretores-executivos de bancos nos próximos dias para discutir como manter o fluxo dos empréstimos para as pequenas e médias empresas. Segundo Mandelson, há receios de um aperto maior nas linhas de crédito e aumento dos custos administrativos. Mandelson confirmou que está revisando diversas regras novas para as empresas, incluindo a ampliação da licença maternidade e a disponibilidade de horários mais flexíveis para funcionários com filhos abaixo de 16 anos. Ele acrescentou que as organizações empresariais pediram que ele revisasse as propostas e, se possível, adiasse a implementação. "Seria irresponsável da minha parte não levar as preocupações deles em consideração".

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