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Ajuda a montadoras pode exigir liberação do Congresso dos EUA

Segundo presidente da Câmara, necessidade de autorização vai depender do tamanho do socorro ao setor

Por Renato Martins e da Agência Estado
Atualização:

A presidente da Câmara dos Estados Unidos, deputada Nancy Pelosi, disse que o secretário do Tesouro, Henry Paulson, poderá ser obrigado a pedir a liberação da segunda tranche de US$ 350 bilhões do pacote de ajuda ao setor financeiro para financiar um plano de socorro à indústria automotiva. Segundo Pelosi (Partido Democrata/Califórnia), a liberação dos recursos pelo Congresso poderá ser necessária, dependendo do tamanho do pacote de socorro às montadoras que o governo Bush está preparando.   Veja também: Bush diz não estar pronto para anunciar ajuda a montadoras Montadoras ainda aguardam decisão sobre ajuda Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise     Ela ressalvou que o Congresso não permitirá que os recursos sejam liberados pelo Programa de Alívio para Ativos Problemáticos (Tarp) sem que seja aprovada uma legislação adicional exigindo que o governo faça mais para ajudar os proprietários de casa própria que estão em dificuldades para evitar a execução de suas hipotecas e supervisione de modo mais duro as empresas do setor financeiro que estão recebendo ajuda.   Pelosi disse ainda que está trabalhando com o presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, deputado Barney Frank (Partido Democrata/Massachusetts), na elaboração de um projeto de lei que muda os termos da aplicação do programa Tarp.   Sobre o pacote de ajuda às montadoras, a deputada disse esperar que a Casa Branca esteja elaborando seu plano com base no projeto que foi aprovado na Câmara na semana passada, e não o que acabou morrendo no Senado, pois este exigia uma renegociação dos contratos coletivos de trabalho entre as montadoras e os sindicatos.   Novo pacote   Pelosi afirmou ainda que um segundo pacote de estímulo à economia poderia totalizar US$ 600 bilhões, dos quais um terço viria na forma de reduções dos impostos para a classe média. Segundo ela, o tamanho do pacote ainda está sendo discutido entre as lideranças democratas no Congresso e a equipe do presidente eleito, Barack Obama (do mesmo partido). Ela acrescentou que a cifra de US$ 600 bilhões foi recomendada por economistas como o mínimo necessário para que haja um impacto significativo na economia.   A deputada também disse que os detalhes do pacote deverão ser debatidos no Congresso em janeiro, antes da posse de Obama, no dia 20. Ela negou que o pacote em elaboração seja "um programa de obras públicas no estilo dos anos 1930".

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