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Ajuda da Alemanha para a Grécia não violaria leis, diz ministro

Grupo de economistas alemães tem ameaçado processar o governo caso ele forneça auxílio à dívida grega

Por Danielle Chaves , Marcilio Souza e da Agência Estado
Atualização:

A contribuição da Alemanha na ajuda para a Grécia não vai violar nenhuma lei nacional ou da União Europeia, afirmou o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, depois de uma reunião com legisladores do Parlamento.

 

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Um grupo de economistas tem ameaçado processar o governo se ele fornecer ajuda para a Grécia, argumentando que tal contribuição violaria tratados de financiamento da União Europeia.

 

"Nós agiríamos estritamente de acordo com a lei e a Constituição", disse Schaeuble. O ministro se reuniu com líderes parlamentares de cada um dos grandes partidos do país para discutir as condições sob as quais a Alemanha concordaria em dar suporte à Grécia e o processo que o governo vai usar para conceder os recursos.

 

Schaeuble disse acreditar que a coalizão de centro direita, da qual faz parte a União Cristã, e os Democratas Liberais conseguirão chegar a um acordo sobre como proceder com relação à ajuda para a Grécia.

 

A Alemanha concordou em elaborar um plano por meio do qual contribuiria com 8,4 bilhões de euros dentro de um pacote total de 30 bilhões de euros dos países da zona do euro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) forneceria ajuda adicional.

 

Alemanha reitera que Grécia precisa de programa para reduzir dívida

 

Já o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, disse nesta segunda-feira que o governo de seu país se opõe à concessão de uma ajuda financeira para a Grécia, sem que Atenas apresente primeiro um programa crível de redução de dívida.

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"Prometer ajuda concreta cedo demais terá apenas o efeito de tirar as pressões da Grécia", disse Westerwelle ao chegar à reunião de ministros de Relações Exteriores da União Europeia em Luxemburgo.

 

"Acima de tudo, precisamos ver a consolidação orçamentária ocorrendo na Grécia", disse o ministro, falando na necessidade de Atenas de atuar "com esforço e disciplina necessários".

 

Na sexta-feira, o governo grego pediu formalmente que um plano de empréstimo ao país seja ativado para ajudar os gregos a enfrentar o aumento da dívida e a crise do déficit. A Alemanha, que é a maior economia da Europa e que deverá contribuir com cerca de 8,4 bilhões de euros (US$ 11 bilhões), primeiro quer que Atenas adote uma postura fiscal rígida nos próximos anos, disse ontem o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schauble. As informações são da Dow Jones

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