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Alagoas quer evitar divisão da Braskem

Procuradoria tenta impedir que operação no Estado seja separada do resto da petroquímica

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Por Redação
Atualização:

O governo de Alagoas anunciou na última sexta-feira, 7, que a procuradoria estadual abriu ação para evitar que a Braskem seja vendida sem a unidade da companhia no Estado. A petroquímica é acusada de ter sido responsável por crateras e rachaduras que comprometeram construções em três bairros de Maceió.

A Procuradoria Geral do Estado de Alagoas “quer assegurar o ressarcimento integral dos danos ambientais, patrimoniais, sociais e morais causados pela empresa ao meio ambiente, aos moradores e ao Estado na região dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió”, disse o governo estadual, em comunicado à imprensa, citando que o “valor da causa é de R$ 30 bilhões”. Na sexta-feira, as ações da Braskem caíram 1,32%, enquanto o Ibovespa subiu 0,63%.

A petroquímica é acusada de ter sido responsável por crateras e rachaduras que comprometeram construções em três bairros de Maceió Foto: Daniel Teixeira / Agência Estado

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A iniciativa foi tomada porque, nesta semana, o grupo holandês LyondellBasell desistiu de continuar negociando a compra da Braskem com sua controladora, a Odebrecht S.A.

Danos 

Um dos motivos pela desistência, segundo fontes, foi o tamanho de um eventual passivo da Braskem. A extração de sal-gema – matéria-prima utilizada na fabricação de soda cáustica e PVC – pela Braskem foi a principal causa para o surgimento de rachaduras no bairro do Pinheiro, em Maceió, segundo relatório divulgado em maio pelo Serviço Geológico do Brasil. 

O temor do governo do Estado é que a operação seja separada do restante da petroquímica. “A Braskem não pode ser vendida segmentadamente: vender uma parte e deixar a parte de Alagoas para honrar a eventual reposição dos danos ambientais e a indenização para as famílias.

Por isso, decidimos ingressar com a ação para que a empresa não seja vendida antes de resolver os passivos ambientais e a indenização das famílias que residem do Pinheiro, Mutange e Bebedouro”, disse o governador de Alagoas,

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Renan Filho, em nota. A Braskem não se pronunciou. A Odebrecht disse que as negociações para venda da Braskem foram encerradas. /AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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