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Alarme do desemprego é maior que o drama, diz Wagner

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, afirmou hoje que o "alarme é maior que o drama" quando se fala em desemprego no País. Segundo ele, nos últimos seis meses, o número de postos de trabalho com carteira assinada cresceu. "O saldo é positivo. Nos últimos seis meses foram criadas 561 mil novas vagas com carteira assinada", afirmou ele referindo-se ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho, divulgado ontem pelo seu ministério. "É preciso ter cuidado para não parecer que se vive um momento diferente de desemprego. Ele é um drama sério brasileiro. Agora, as taxas estão próximas às taxas do ano passado, o que não resolve a vida de ninguém. Mas insisto que tivemos nos últimos seis meses um saldo líquido de 561 mil carteiras assinadas", afirmou. Jaques Wagner proferiu hoje uma palestra sobre Primeiro Emprego na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O ministro argumentou que houve perda salarial no País em razão da inflação registrada nos últimos 12 meses do ano passado, o que faz com que mais pessoas de uma mesma família saíssem em busca de trabalho para complementar a renda. Durante a palestra feita na Fiesp, o ministro fez um apelo aos empresários para aderirem ao programa "Primeiro Emprego". Lançado pelo governo federal no dia 30 de junho para incentivar a geração de emprego entre jovens de 16 a 24 anos, o programa já contabiliza a geração de sete mil vagas, segundo o ministro. "É melhor gastar na geração de emprego do que na blindagem do carro. E nós sabemos que as duas coisas estão intimamente ligadas. Isso não é despesa. É investimento que o empresariado vai fazer", disse. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o desemprego na faixa etária de 16 a 24 anos é o dobro da média, e atinge 3,4 milhões de jovens. Cadastro De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em junho último foram criados 125.795 postos de trabalho, um aumento de 0,55% em relação ao mês anterior. Com esse desempenho, a economia acumulou no primeiro semestre um saldo líquido positivo de 560.907 novas oportunidades formais de emprego. Os dados não incluem trabalho informal e se referem apenas à oferta, ou seja, não abrangem o número de pessoas que procuram emprego e não encontram, captado pelos índices de desemprego publicados por institutos de pesquisa. Em junho, segundo o Ministério do Trabalho, quase todos os setores da economia apresentaram variação positiva no emprego. A agropecuária criou 66.042 novos postos de trabalho, os serviços, 23.657 e o comércio, 22.222. As exceções ficaram por conta da administração pública e dos serviços industriais de utilidade pública. Em termos geográficos, a geração de novos postos de trabalho ficou concentrada na região Sudeste, que respondeu por 95.480 empregos do saldo líquido positivo gerado no mês de junho. Desse total, Minas Gerais respondeu por 43.188 e São Paulo, por 42.534. Entre as áreas metropolitanas, apenas Salvador apresentou perda de 302 empregos. Na área metropolitana de São Paulo a variação do emprego formal foi positiva em 9.376 postos de trabalho e no Rio de Janeiro em 5.371.

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