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A.Latina deve crescer 2,7% e Brasil 2,3% em 2014, diz Cepal

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Por Redação
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A economia da América Latina e Caribe deve crescer 2,7 por cento em 2014, menos do que a estimativa anterior de 3,2 por cento, em meio a incertezas sobre o cenário externo e ao desempenho mais fraco esperado para o Brasil e o México, projetou nesta terça-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). A nova estimativa da Cepal para este ano, entretanto, é ligeiramente melhor que a expansão de 2,5 por cento registrada pela região em 2013. "(Isso) deve-se a um contexto ainda marcado pela incerteza e ao crescimento menor do que o esperado para as economias maiores da região, Brasil e México", informou a Cepal em relatório. Para o Brasil, a Cepal projeta expansão de 2,3 por cento neste ano, enquanto que para o México a expectativa é de 3,0 por cento. Além disso, a agência reduziu a previsão de crescimento para a Argentina a 1,0 por cento em 2014, após o país adotar "no início do ano diversas medidas de impacto contracionistas para enfrentar os desequilíbrios surgidos nos últimos anos." Dado o ambiente econômico complexo na Venezuela, a Cepal informou que resultará em contração da atividade do país em 0,5 por cento neste ano. A Cepal observou que a recuperação dos Estados Unidos terá impacto positivo sobre as economias mais próximas, especialmente do México e da América Central, dada a sua importância como parceiro comercial. Em contraste, a demanda por produtos básicos, especialmente alimentos e mineração, continuará limitada. E somado à valorização das moedas dos países desenvolvidos, os preços devem cair moderadamente, afetando economias exportadoras, como as dos países sul-americanos. Em relação ao financiamento para a região, a Cepal informou que a perspectiva é de cenário de menor liquidez global, levando a grandes desafios na política macroeconômica e de financiamento externo para a região. Sobre a inflação, a entidade informou que não são esperadas alterações marcantes, mas a média regional deve subir devido a mudanças na medição na Argentina, com aumento moderado dos preços de diversos países e altas taxas na Venezuela. (Reportagem de Antonio de la Jara)

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