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Alca até janeiro de 2005 será ?muito difícil?, avalia Amorim

Por Agencia Estado
Atualização:

A formação da Alca até janeiro de 2005 será "muito difícil" caso não haja um "maior pragmatismo" por parte dos Estados Unidos nas negociações, segundo alertou hoje o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. "O que queremos na Alca é acesso a mercados e não tentar definir um modelo filosófico do que deve ser a área de livre comércio das Américas", disse em palestra na Câmara Americana de Comércio do Rio. Segundo ele, "falta pragmatismo e isso pode tornar praticamente impossível o fechamento de um acordo nos próximos meses". Segundo explicou Amorim, o Brasil e o Mercosul querem negociar imediatamente as questões de acesso a mercados, inclusive no setor de serviços, que interessa aos EUA. ?Mas a posição que temos encontrado, da parte dos Estados Unidos, é que eles preferem terminar o arcabouço de regras antes, o que torna as coisas difíceis, pois as propostas de ganhos não se materializam", afirma. Amorim disse que enviará em breve uma mensagem para o representante comercial da Casa Branca, Robert Zoellick, falando sobre essas preocupações em relação à necessidade de pragmatismo e às possíveis conseqüências de atraso na formação da Alca. Agricultura é ponto de maior dificuldade Amorim disse que os pontos de dificuldade nos avanços das negociações da Alca são a agricultura, serviços, propriedade intelectual e falta de flexibilidade dos Estados Unidos nas discussões. No caso da agricultura, "que continua sendo o ponto mais importante" da demanda brasileira nas negociações, Amorim disse que o País quer garantias de que os subsídios concedidos pelos Estados Unidos nessa área não anulem ganhos de acesso a mercados obtidos neste e em outros setores. "Não temos encontrado receptividade para essas negociações", disse.

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