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Alemanha aprova segundo pacote, de 50 bi de euros

Os recursos aprovados para apoiar a economia do país serão despendidos neste ano e em 2010

Por Ana Conceição e da Agência Estado
Atualização:

A coalizão de partidos conservadores e social-democratas da Alemanha aprovou na segunda-feira à noite um segundo pacote de estímulo fiscal para apoiar a economia no valor de 50 bilhões de euros (US$ 66 bilhões). Os recursos serão despendidos neste ano e em 2010. O primeiro pacote, aprovado em novembro passado, totalizou 31 bilhões de euros. O acordo foi fechado após cinco horas e meia de negociações e foi aprovado em meio à percepção de que a maior economia da Europa vive a pior recessão em seis décadas.   Veja também: Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    No novo pacote, os partidos concordaram aumentar o investimento público em infraestrutura em 18 bilhões de euros. Também concordaram em reduzir outros 18 bilhões de euros em impostos que incidem sobre a renda dos trabalhadores e as folhas de pagamentos a partir de 1º de julho. O governo quer incentivar as empresas a manter seus empregados.   O plano também prevê reduzir os prêmios obrigatórios do seguro-saúde em 0,6 ponto porcentual, para 14,9% da renda bruta, reduzir em um ponto porcentual, para 14%, a alíquota do imposto que incide sobre salários menores, assim como o pagamento de um bônus às famílias de 100 euros por criança. A indústria automobilística terá mais apoio por meio de incentivos financeiros aos consumidores para a compra de carros novos. Outro ponto será é aumentar a isenção de impostos para 8.004 euros por ano, de 7.664 euros atualmente, por contribuinte pessoa física.   "De uma forma geral, este é um pacote que irá ajudar a lidar com a crise econômica e estabilizar o mercado de trabalho", afirmou Volker Kauder, líder dos partidos conservadores, CDU e CSU. Peter Struck, líder do Partido Social Democrata (SPD) disse que os partidos também concordaram em pagar aos proprietários de carros usados 2.500 euros se eles trocarem seus veículos por um zero quilômetro.   Um dos pontos mais controversos foi o acordo para reduzir a alíquota do imposto de renda sobre os salários menores. Isso porque os social-democratas não conseguiram aumentar o imposto sobre salários maiores em 2,5 pontos percentuais para 47,5%. O aumento seria temporário.   Como esperado, a grande coalizão também concordou em estabelecer um fundo de 100 bilhões de euros para fornecer garantia de liquidez para as companhias que enfrentam dificuldade por conta da escassez de crédito, segundo um parlamentar da coalizão, que pediu anonimato. O programa não inclui planos para o governo comprar participação em tais empresas, disse o parlamentar.   As medidas do segundo plano de estímulo para a Alemanha devem ser custeadas na maior parte por um aumento de 18 bilhões de euros no endividamento do governo.

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