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Alemanha entra em recessão; bolsas caem na Europa e Ásia

Mercados também repercutem decisão dos EUA de não comprar papéis podres.

Por Da BBC Brasil
Atualização:

As bolsas européias operam em queda nesta quinta-feira, depois que a Alemanha anunciou que sua economia está oficialmente em recessão. Às 11h12, a bolsa de Londres caía 1,8%. No mesmo horário, os índices do mercado de Frankfurt e Paris registravam queda de 1% e 0,99% respectivamente. A economia alemã teve redução de 0,5% no terceiro trimestre, mais do que o dobro do que os analistas esperavam. No trimestre anterior, a economia já havia encolhido 0,4%. Em agosto e setembro, as exportações caíram 8%. "Um impacto negativo no produto interno bruto veio do comércio exterior, com forte aumento das importações e enfraquecimento das exportações", informou uma nota do Escritório de Estatísticas Nacionais, da Alemanha. A última vez que a economia alemã entrou em recessão foi em 2003. Ásia e EUA A quinta-feira começou com fortes perdas na Ásia, que passou o dia repercutindo o anúncio do Tesouro americano, que prometeu usar o pacote de US$ 700 bilhões para adquirir ações de bancos, e não para a compra de papéis podres. A medida marcou uma mudança na política americana para a crise financeira e gerou temores nos mercados. O índice Nikkei fechou em queda de 5,3% no final da tarde em Tóquio. Outros mercados asiáticos e da Oceania também fecharam em queda: Coréia do Sul (3,2%), Hong Kong (5,2%) e Austrália (5,9%). O anúncio do secretário do Tesouro, Henry Paulson, provocou perdas em Wall Street na quarta-feira. Na quarta-feira, os índices Dow Jones e Nasdaq, ambos da bolsa de Nova York, caíram 4,73% e 5,17% respectivamente. O Bovespa caiu 7,73%. Analistas acreditam que os investidores estão preocupados que as medidas anunciadas por diversos governos de ajuda aos mercados não estão conseguindo melhorar as perspectivas econômicas. Fontes do governo japonês disseram nesta quinta-feira que o país está estudando oferecer US$ 105 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar os países mais atingidos pela crise. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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