PUBLICIDADE

Publicidade

Alemanha entra em recessão com queda de 0,5% no PIB

Motor do crescimento da maior economia da Europa, exportações puxaram a desaceleração geral do país

Por Hélio Barboza
Atualização:

A Alemanha, maior economia da Europa, entrou em recessão no terceiro trimestre do ano pela primeira vez desde 2003. O Produto Interno Bruto (PIB) alemão se contraiu 0,5% em relação ao segundo trimestre, em termos ajustados à sazonalidade, à variação dos preços e ao calendário, de acordo com dados preliminares do Escritório Federal de Estatísticas (Destatis). O órgão revisou o número relativo ao segundo trimestre, para uma contração de 0,4%, ante os dados preliminares que apontavam recuo de 0,5%.   Veja também: Indústria da China reduz expansão para 8,2% em outubro Bolsas da Ásia caem após decisão do Tesouro dos EUA De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos   Dois trimestres consecutivos de contração representam a medida geralmente utilizada para definir uma recessão. O Destatis também revisou o crescimento do PIB no primeiro trimestre para 1,4% em relação ao trimestre anterior, contra uma expansão de 1,3% informada anteriormente.   Segundo o órgão de estatísticas, as exportações, que eram o motor do crescimento da economia alemã, puxaram a desaceleração geral. As vendas externas diminuíram, enquanto as importações aumentaram. O consumo e a formação de estoques, porém, deram contribuições positivas para a variação do PIB. Em bases anualizadas, a economia cresceu 0,8% em termos ajustados ao calendário.   A previsão dos economistas consultados pela Dow Jones projetava uma contração de 0,1% no trimestre e um crescimento de 1% sobre o ano anterior. Os economistas apontam para os sinais de mais notícias ruins, antes de uma recuperação que na melhor das hipóteses só deve ocorrer no segundo semestre do próximo ano. "O impacto completo da crise financeira ainda está para se desenrolar", disse Carsten Brzeski, economista da Global Economics ING Financial Markets. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.