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Alencar condena spreads bancários acima da Selic

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou que é um "equívoco" aceitar que os spreads bancários no Brasil cheguem a 700% e fiquem acima da taxa básica de juros, Selic. "Isso é realmente alguma coisa que significa um equívoco aceitarmos. O Brasil tem de mudar isso", disse. Alencar reafirmou que a Selic também é alta no País se comparada a outros países do mesmo nível que o Brasil. Na avaliação do vice-presidente, a mudança do regime de juros vai depender, até mesmo, de um esforço nacional. "As pessoas não podem aceitar os juros que pagam. Não se pode comprar a prazo com taxas de juros nessa proporção e não se pode buscar recursos em banco com taxas de juros nessa altura que está aí", observou, acrescentando que as atividades produtivas não têm como remunerar essas taxas. Questionado sobre qual seria a tendência do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a partir de amanhã, Alencar limitou-se a dizer: "Eu não quero entrar nesse detalhe de apostar em queda de um ou dois pontos." O vice-presidente insistiu que o Brasil tenha taxas de juros bem menores do que as praticadas atualmente. Segundo ele, num grupo de 20 países a taxa nominal fica entre 1% a 2% ao ano. "As taxas dos países europeus são de 2% ao ano; nos Estados Unidos, é 1%, assim como na China e no Japão", citou. Na percepção de Alencar, o País não pode ser considerado inferior, que tenha de pagar mais que os outros. "Há países muito mais endividados que o Brasil e pagam menos (taxas)", comentou. O vice-presidente passa o dia de hoje na capital paulista.

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