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Alencar: "cultura" de juros altos inviabiliza investimentos

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou nesta segunda-feira que os custos do capital no Brasil são um despropósito e que a cultura dos juros altos no País inibe o investimento na produção. "Enquanto as atividades produtivas não puderem remunerar os custos do capital não haverá investimento compatível para o Brasil crescer", afirmou. "O custo do capital é um despropósito e as empresas mais prevenidas não vão fazer investimentos." Segundo o vice-presidente, as empresas que pegarem empréstimos com as taxas praticadas pelos bancos estão fadadas ao fracasso. Ele afirma que os bancos cobram cerca de 3% ao mês, ou 42% ao ano, enquanto a atividade produtiva rende de 10 a 15% ao ano. Para Alencar, a taxa Selic não é a taxa de mercado praticada por países com economias silimares a brasileira. Às vésperas da reunião do Comitê de Polícita Monetária (Copom), o vice disse que não comentaria decisões do Comitê mas atacou a "cultura" de juros altos no País. "É o regime, a cultura de juros, que estão erradas. Se as pessoas não resistirem, isso não muda", declarou Alencar em entrevista à imprensa, durante cerimônia de entrega do Prêmio Nacional da Qualidade 2003, no Palácio dos Bandeirantes. Alencar também defendeu o regime de câmbio flutuante. "É o mais aconselhável para o País", finalizou Alencar.

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