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Alencar faz reunião para discutir solução para Transbrasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O polêmico plano de recuperação econômico-financeira da Transbrasil, que enfrenta um pedido de falência, está sendo analisado pelo governo. Nesta quarta-feira, o advogado Roberto Teixeira, ex-membro do Conselho de Administração da empresa e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu por mais de uma hora com o Presidente da República em exercício, José Alencar. Como ministro da Defesa, Alencar tem conduzido todas as negociações com as empresas aéreas para encontrar uma alternativa à crise financeira do setor. Na reunião, segundo fontes que acompanham as negociações, foram apresentados os termos do acordo que está sendo negociado entre a Transbrasil e a empresa regional Ocean Air, do empresário German Efromovich. Pelo acordo, as duas empresas criariam uma terceira companhia, que passaria a atuar no mercado de cargas com a marca Transbrasil e ficaria com a infra-estrutura que a empresa ainda detém nos aeroportos. Esse acordo, se efetivado, garantiria a empresa o tempo necessário para adoção de medidas com o objetivo de impedir a decretação de falência. No caso, no entanto, de a falência ser inevitável, a nova companhia não perderia o direito de continuar utilizando-se da infra-estrutura, porque apenas um dos sócios estaria saindo do mercado. A proposta é considerada polêmica pela TAM, Varig e Gol. As três concorrentes reivindicam o uso dos galpões da Transbrasil e defendem que esses galpões sejam transferidos por meio de licitação porque pertencem à Infraero. A operação, segundo as três companhias, não pode ser efetivada porque representa um privilégio aos eventuais sócios da Transbrasil, já que a empresa não tem mais concessão e tampouco certidão para voar e está com a falência requerida pela General Eletric, fornecedora de turbinas. O fato, no entanto, é que apesar dessa situação, a Transbrasil ainda detém o direito de uso de angares nos aeroportos de Brasília (DF), Congonhas (SP), e terminais de carga em Guarulhos (SP) e Manaus (AM), além de balcões de atendimento. A Transbrasil acredita que a associação com Ocean Air tornou-se viável com a nova lei de falências, que teve seus efeitos estendidos às companhias aéreas.

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