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Algumas linhas de financiamento pelo SFH

Depois que a CEF suspendeu sua linha de crédito imobiliário para a classe média, alguns bancos alteraram suas regras, outros operam da mesma forma. Mas também há instituições que ainda não reabriram o financiamento imobiliário.

Por Agencia Estado
Atualização:

A suspensão de empréstimos para a classe média na compra da casa própria pela Caixa Econômica Federal (CEF) e as novas regras para incentivar o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) levaram alguns bancos a suspender suas linhas de crédito imobiliário e outros a mudar as regras de financiamento. Porém, na última semana, a CEF anunciou que poderia reabrir os empréstimos para renda acima de R$ 3.250 mensais - considerada classe média - até o final do ano no financiamento de imóveis novos ou em construção. No entanto, o banco deve encontrar, em primeiro lugar, a fonte de recursos. Alguns bancos continuam com as linhas de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) abertas para imóveis novos e usados com poucas alterações. O Itaú e o Unibanco são duas instituições que continuam operando com pequenas modificações em suas normas. No HSBC e no Bradesco, as regras permanecem as mesmas. Por outro lado, o Santander, o Banespa e o Citibank ainda não reabriram suas linhas de crédito. Já o BBV, desde maio com sua linha de crédito imobiliário fechada, lançou uma campanha para aumento da captação de poupança, mas sem previsão de quando a linha de financiamento será reaberta. No Banco Itaú, não houve mudança significativa, apenas o valor do financiamento. De acordo com o gerente-geral de Crédito Imobiliário do banco Itaú, João Bosco Segreti, diminuiu o porcentual máximo a ser emprestado, relativo ao valor do imóvel: de 60% para 50%. Ainda segundo ele, este porcentual também varia de acordo com o Estado e a cidade onde se localiza o bem a ser financiado. No Unibanco, as mudanças ficaram restritas à renda. O porcentual de comprometimento foi reduzido. Antes variava entre 15% e 20% e agora ficou entre 20% e 25%. Além disso, a renda mínima necessária para o financiamento passou de R$ 2 mil para R$ 2,5 mil. Regras do SFH Atualmente, o valor máximo que o imóvel financiado pode ter é de R$ 300 mil, sendo que o empréstimo fica limitado a 50% sobre o valor do imóvel. A taxa máxima de juros é de 12% ao ano, e as prestações são corrigidas pelo mesmo índice aplicado sobre os saldos das cadernetas de poupança - a Taxa Referencial (TR). O prazo máximo de financiamento é de 20 anos, no entanto os bancos costumam trabalhar com prazos mais curtos, entre 10 e 15 anos. Nesta linha, o comprador pode usar seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), desde que tenha vínculo de pelo menos três anos com o fundo. Porém, o SFH não permite que o interessado em obter o crédito tenha outro imóvel na mesma cidade ou nos municípios limítrofes e ainda não pode manter outro financiamento ativo em qualquer outro local do País. Veja abaixo as regras dos bancos consultados pela Agência Estado e que mantêm suas linhas de crédito imobiliário pelo SFH. Financiamento pelo SFH Banco HSBC Bradesco Itaú Unibanco Valor mínimo R$ 15 mil Não há R$ 20 mil R$ 30 mil Prazo máx. de financiamento 180 meses 120 meses 120 meses 180 meses Tipo de garantia Alienação Fiduciária Hipoteca Hipoteca Hipoteca   Comprometimento de renda Entre 20% e 28% Até 15% da renda para financiamento a partir de R$ 26.000,00 e 10% para valor inferior Até 25% da renda bruta ou composta Entre 15% e 20% Renda mínima R$ 1,5 mil R$ 2 mil Renda em função do valor do financiamento, prazo e análise de crédito R$ 2,5 mil   Financiamento máximo Até R$ 150 mil 50% do menor valor: (Avaliação ou venda) Limitado a R$100 mil 50% do valor do imóvel R$ 150 mil com limite máximo de 60% da avaliação do imóvel

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