Os preços dos alimentos continuam pressionando a inflação no País. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,47% em agosto, quase o dobro do resultado de 0,24% apurado em julho. A taxa veio no intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, de 0,40% a 0,53%, e praticamente colada à mediana de 0,46%. Veja também: Pressionada pela alta dos alimentos, inflação volta a preocupar Com alta de 1,39% no mês, os produtos alimentícios - com destaque para leite e derivados - foram responsáveis por 0,29 ponto porcentual ou 62% da inflação do mês. Os produtos não alimentícios registraram reajuste de 0,22% em agosto e contribuíram com 0,18 ponto porcentual no IPCA do mês. As principais pressões de alta foram dadas por telefone fixo (1,14%), conserto de automóvel (1,41%), empregados domésticos (0,69%), plano de saúde (0,56%), colégios (0,49%) e ônibus urbano (0,43%). Por outro lado, os combustíveis evitaram uma alta maior do índice, já que a gasolina registrou deflação de 0,89% e o álcool apresentou queda de 3,76% nos preços. O IPCA é utilizado pelo governo para balizar a política de metas de inflação. No ano, o índice acumula alta de 2,80%. Nos últimos 12 meses, a elevação é de 4,18%. A meta do ano é de 4,5%, com margem de variação de dois pontos percentuais.