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Alimentos puxam queda da inflação para baixa renda em julho

Índice subiu 0,61%, ante taxa de 1,29% em junho; porém, o acumulado do ano continua em patamar elevado

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

A inflação sentida pelas famílias de baixa renda perdeu força, entre junho e julho. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos mensais, e que subiu 0,61% em julho, ante taxa de 1,29% em junho. O custo da alimentação foi o que apresentou maior queda, de 2,50% para 0,98%. As informações foram anunciadas nesta quinta-feira, 7, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ainda segundo a fundação, foi a menor taxa para esse índice desde fevereiro de 2008, quando o indicador subiu 0,16%. Veja também: Entenda a crise dos alimentos    Entenda os principais índices de inflação  Porém, os resultados acumulados do indicador continuam em patamar elevado. No ano até julho, o IPC-C1 acumula taxa de 6,62%. Nos últimos 12 meses, a variação atinge 9,46% - a maior da série histórica do índice, iniciada em janeiro de 2004. Ainda segundo a FGV, a inflação entre os mais pobres continua a se manter acima da média das famílias com renda maior. O IPC-BR, que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos, subiu 0,53% no mês passado - e registrou, até julho, taxas de 4,39% no ano e 6,23% nos 12 últimos meses. Essa é a quinta divulgação do índice, que é anunciado mensalmente pela instituição. A instituição esclareceu, em comunicado, que das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice, quatro apresentaram desaceleração de preços, ou até mesmo queda, de junho para julho. É o caso de Alimentação (de 2,50% para 0,98%); Habitação (de 0,67% para 0,60%); Vestuário (de 0,55% para -0,73%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,17% para 0,05%). Os outros grupos apresentaram aceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,65% para 0,97%); Transportes (de 0,00% para 0,02%); e Despesas Diversas (de 0,05% para 0,35%).

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